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Acusado de pedofilia, ex-núncio morre no Vaticano

O promotor do Vaticano ordenou a necrópsia após Jozef Wesolowski ser encontrado morto em seu domicílio no Vaticano.


	Jozef Wesolowski, ex-núncio polonês que seria o primeiro processado no Vaticano por abusos sexuais de menores de idade, morreu na madrugada de sexta-feira
 (AFP)

Jozef Wesolowski, ex-núncio polonês que seria o primeiro processado no Vaticano por abusos sexuais de menores de idade, morreu na madrugada de sexta-feira (AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2015 às 11h59.

Josef Wesolowski, o ex-núncio polonês que seria o primeiro processado no Vaticano por abusos sexuais de menores de idade, morreu na madrugada de sexta-feira de causas naturais relacionadas a um problema cardíaco, anunciou neste sábado o Vaticano, comunicando os primeiros resultados da necrópsia.

O promotor do Vaticano ordenou a necrópsia após Jozef Wesolowski ser encontrado morto em seu domicílio no Vaticano.

Uma comissão de três especialistas, coordenada pelo professor Giovanni Arcudi, médico legista da Universidade de Roma "Tor Vergata", realizou a necrópsia na sexta-feira à tarde.

"De acordo com as conclusões iniciais da avaliação macroscópica, a causa natural da morte, relacionada a um evento cardíaco, é confirmada".

"Nos próximos dias, a promotoria irá receber os resultados subsequentes dos exames laboratoriais habituais da Comissão".

Esta morte súbita terminou abruptamente com o primeiro julgamento no Vaticano por abuso sexual de menores.

O ex-núncio de 67 anos, que atuou na República Dominicana, tinha problemas de saúde não divulgados. Wesolowski foi internado em um hospital em julho, um dia antes do início de seu julgamento.

Processado por atos de pedofilia contra crianças com entre 13 e 16 anos e por possuir "grande quantidade" de fotos de pornografia infantil, ele enfrentava de seis a sete anos de prisão.

No plano canônico (justiça eclesiástica), ele havia sido julgado e punido em junho de 2014 pela Congregação para a Doutrina da Fé, que o reduziu ao seu estado laical, a pena máxima para um prelado.

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