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Acusadas de bruxaria, 7 pessoas são queimadas na Tanzânia

Pelo menos sete pessoas foram queimadas vivas em cidade da Tanzânia após serem acusadas de participar de atos de bruxaria


	Casa de vilarejo na Tanzânia: polícia já deteve 13 pessoas
 (Fanny Schertzer/ Wikimedia Commons)

Casa de vilarejo na Tanzânia: polícia já deteve 13 pessoas (Fanny Schertzer/ Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 14h52.

Nairóbi  - Pelo menos sete pessoas foram queimadas vivas na cidade de Murufiti, na Tanzânia, após serem acusadas de participar de atos de bruxaria, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

O crime ocorreu na terça-feira passada, quando um grupo de jovens armados foi até a casa da família em busca dos suspeitos, todos eles idosos.

"Atacaram e bateram neles antes de jogá-los ao fogo e queimar suas casas", explicou o comandante da polícia regional, Mohammed Kafari, citado pelo jornal tanzaniano "The Guardian".

A polícia já deteve 13 pessoas envolvidas no "macabro assassinato" e insistiu que "não descansará" até que todos os culpados sejam levados à Justiça.

Ao todo, 18 casas que pertenciam às vítimas foram queimadas.

Muitos moradores da aldeia abandonaram suas residências por medo de acusações de bruxaria ou de prisão pela polícia como suspeitos dos crimes.

Na Tanzânia, a bruxaria é praticada tanto nas zonas rurais quanto nas cidades. Ela é feita para se vingar e provocar um mal a um adversário ou inimigo.

No ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou o preocupante aumento de assassinatos e mutilações de albinos na Tanzânia, incluindo crianças, que são desmembradas vivas em rituais relacionados à bruxaria.

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