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Acordo nuclear iraniano ainda é dúvida

Autoridades ocidentais disseram que não está claro se grupo de negociadores iraniano tem espaço político para assumir mais compromissos com questões chave


	Usina no Irã: diplomatas dizem que questões de extrema importância ainda não foram resolvidas
 (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)

Usina no Irã: diplomatas dizem que questões de extrema importância ainda não foram resolvidas (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 16h43.

Viena - A uma semana do prazo final, o histórico acordo nuclear entre o Irã e seis potências nucleares (grupo formado por China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha, também conhecido como P5+1) continua incerto.

Diplomatas dizem que questões de extrema importância ainda não foram resolvidas.

Ainda não foram definidas questões como a capacidade de enriquecimento de urânio do Irã no futuro, a velocidade do alívio das sanções impostas ao país, o cronograma do acordo e questões relacionadas a pesquisas nucleares, o que significa que o Irã e o P5+1 enfrentam uma luta para chegar sequer ao esboço de um acordo até 24 de novembro, o prazo final.

Com esse cenário, pode ser necessária uma segunda extensão das negociações.

Os encontros serão retomados nesta terça-feira em Viena. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, deve se reunir com o ministro de Relações Exteriores iraniano, Javad Zarif, nos próximos dias, enquanto os dois lados verificam se um acordo pode ser alcançado a respeito das diferenças remanescentes, de caráter altamente sensível.

Autoridades ocidentais disseram nos últimos dias que, embora os meses de negociações tenham reduzido significativamente as diferenças, não está claro ainda se o grupo de negociadores iraniano tem espaço político para assumir mais compromissos a respeito de questões chave.

"Eu espero que eles sejam capazes de chegar a um acordo, mas ainda há questões importantes para resolver", disse o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, na semana passada.

"Não posso fazer previsões agora. Acho que somente no dia 24 seremos capazes de formar um juízo."

Para o governo de Barack Obama, um acordo nuclear após 11 anos de discussões diplomáticas internacionais representaria um sinal de sucesso da polícia externa num período de agitação generalizada e de crescentes ameaças à segurança no Oriente Médio e em outras partes do mundo.

Um acordo poderia ajudar na conquista de ajuda iraniana na luta contra o grupo Estado Islâmico e até mesmo ajudar a abrir um caminho para uma solução política para o conflito sírio.

No caso de Teerã, um acordo poderia eventualmente aliviar a maioria das sanções internacionais, promovendo um estímulo massivo na economia.

Contudo, autoridades iranianas, incluindo o líder supremo Aiatolá Ali Khamenei, estipularam limites nas possíveis concessões do programa nuclear que limitam as negociações.

O Irã nega o desenvolvimento de armas atômicas e diz que seu programa nuclear tem objetivos puramente civis. Fonte: Dow Jones Newswires.

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