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Acordo na Cop17 pode estar próximo, garantem negociadores

Cúpula tem como objetivo alcançar um segundo período do Protocolo de Kioto

A ministra francesa do Meio Ambiente, Nathalie Kosciusko-Morizet, discursa na COP17:  a Europa oferece renovar seus compromissos no Protocolo de Kyoto (Stephane de Sakutin/AFP)

A ministra francesa do Meio Ambiente, Nathalie Kosciusko-Morizet, discursa na COP17: a Europa oferece renovar seus compromissos no Protocolo de Kyoto (Stephane de Sakutin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 19h03.

Durban (África do Sul) - Mais de 190 nações tentam neste sábado alcançar um acordo de última hora na cúpula da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a Cop-17, após duas semanas de árduas negociações infrutíferas em Durban (África do Sul).

'Um acordo está ao alcance das mãos', disse à Agência Efe uma fonte das negociações, em uma demonstração do otimismo que começou a aflorar após o desânimo iniciado na noite de ontem com a publicação das primeiras minutas.

Na madrugada deste sábado, a presidência da conferência, a cargo da África do Sul, apresentou novos textos aos 50 ministros que negociam em nome dos 195 países presentes na Cop-17, que oficialmente deveria ter terminado na sexta-feira.

As duas minutas finais deverão ser debatidas em uma sessão plenária na manhã deste sábado.

A presidente da cúpula, a ministra sul-africana Maite Nkoana-Mashabane, foi o alvo de todas as críticas pelo atraso da conferência, já que não apresentou nenhum texto para as negociações até a noite de sexta-feira.

A fonte acrescentou que existem elementos suficientes para a obtenção de um 'resultado equilibrado', mas se a cúpula se alongar por muito mais tempo 'pode ser que não haja quórum, porque as pessoas têm de ir embora'.

A cúpula tem como objetivo alcançar um segundo período do Protocolo de Kioto, o único tratado vigente sobre corte de gases do efeito estufa, e preparar as bases para um futuro acordo global de caráter vinculativo.

Também deve iniciar o Fundo Verde para o Clima, pelo que os países desenvolvidos devem proporcionar a partir de 2020 US$ 100 bilhões anuais ao países mais desfavorecidos para que esses se adaptem e combatam a mudança climática.

A União Europeia, apoiada por 90 países africanos, os Estados insulares mais ameaçados do Pacífico e do Caribe e os países menos desenvolvidos, exige um acordo global juridicamente 'vinculativo' de corte de emissões que entre em vigor até 2020, em troca de um segundo período de compromisso do Protocolo de Kioto, que expira em 2012.

Rússia, Canadá e Japão anunciaram que não assinarão um segundo Protocolo de Kioto, um acordo ratificado por 37 nações industrializadas mas não pelos Estados Unidos.

China e EUA, os dois principais emissores de gases do efeito estufa, levantaram durante estas duas semanas de negociações em Durban a hipótese de apoiarem um acordo juridicamente vinculativo sobre redução de gases, uma postura compartilhada pela Índia, que reivindica seu direito a desenvolver sua economia.

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