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Acordo estabelece bases de uma paz duradoura, diz chefe das Farc

Ele afirmou que seu movimento sempre aspirou à paz e não vai poupar esforços para conquistá-la

Rodrigo Londoño: o acordo definitivo de paz entre o governo e as Farc foi assinado em 24 de novembro (John Vizcaino/Reuters)

Rodrigo Londoño: o acordo definitivo de paz entre o governo e as Farc foi assinado em 24 de novembro (John Vizcaino/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 13h37.

Paris - O chefe das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko", acredita que o acordo assinado com o Executivo é o ponto de partida de uma paz sustentável na Colômbia e tem certeza de que poderá ser efetivo sempre e quando houver vontade entre ambas as partes.

"O fato de que tenhamos alcançado assinar um acordo nos dá a plena certeza de que estamos começando a criar as condições para estabelecer os fundamentos de uma paz duradoura e perdurável em uma Colômbia que pede isso aos gritos", indicou em entrevista divulgada hoje pela emissora francesa "France 24".

O representante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmou que seu movimento sempre aspirou à paz e não vai poupar esforços para conquistá-la, especialmente agora que existem "condições excepcionais" para permiti-la.

O acordo definitivo de paz entre o governo e as Farc foi assinado em 24 de novembro ao término de quatro anos de negociações em Havana e depois que um primeiro texto alcançado em 26 de setembro fora rejeitado nas urnas em 2 de outubro.

"Timochenko" admitiu que a incerteza sobre a situação de segurança existe e seguirá existindo porque "são muitos anos de conflito, há feridas muito profundas e um setor pequeno da classe dirigente, mas com muito poder, que não quer a paz".

"Frente a eles temos que nos cuidar", acrescentou o líder das Farc, para quem embora a essência do acordo seja "poder fazer política" e esse é seu objetivo, seu movimento não pensa na presidência.

Londoño afirmou que o maior prêmio ao qual aspira é a consolidação da paz no país, e elogiou que o presidente, Juan Manuel Santos, tenha recebido o Nobel da Paz este sábado em nome das vítimas.

"É um ato que o engrandece", concluiu à "France 24", para a qual lembrou que embora eles já pediram perdão aos afetados "em várias ocasiões" e "de todo coração", não querem "fazer um espetáculo" com sua dor.

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