Mundo

Acordo entre OLP e Hamas mata a paz, afirma Israel

O primeiro-ministro israelense declarou que o acordo entre a Palestina e o movimento islamita Hamas representa um grande salto para trás

O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu: "o pacto com o Hamas mata a paz" (Gali Tibbon/AFP)

O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu: "o pacto com o Hamas mata a paz" (Gali Tibbon/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 17h53.

Washington - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quinta-feira que o acordo entre a OLP, do presidente palestino, Mahmud Abbas, e o movimento islamita Hamas para formar um governo de união representa "um grande salto para trás" no processo de paz.

"O pacto com o Hamas mata a paz", declarou o líder israelense à rede de televisão NBC pouco depois de seu governo anunciar a suspensão das negociações de paz auspiciadas pelos Estados Unidos.

"Acredito que o que aconteceu é um grande revés para a paz, porque esperávamos que o presidente da Autoridade Palestina, Abbas, aceitasse o Estado judeu, a ideia de dois Estados nação, um palestino e outro judeu", explicou Netanyahu.

"Mas, em vez disso, deu um grande salto para trás e fez um pacto com o Hamas, uma organização terrorista que defende a destruição de Israel", acrescentou.

Na quarta-feira, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) - reconhecida internacionalmente como única representante do povo palestino - e o Hamas assinaram um acordo de reconciliação.

Neste acordo, as duas partes se comprometeram a formar em algumas semanas um governo de "consenso nacional".

Abbas "tinha uma escolha: paz com Israel ou pacto com o Hamas terrorista, e escolheu o pacto com o Hamas. Então este é o golpe para a paz e espero que mude de ideia", disse Netanyahu.

"Enquanto eu for primeiro-ministro de Israel, jamais negociarei com um governo palestino apoiado por organizações terroristas comprometidas com nossa destruição", insistiu.

Após o anúncio da suspensão das negociações por parte de Israel, os palestinos declararam estar estudando todas as opções para responder à ação do Estado hebreu, indicou um líder da Autoridade Palestina (AP).

"A liderança palestina estudará todas as opções para responder às decisões do governo israelense contra a AP", declarou à AFP o negociador Saeb Erakat.

"Agora, a prioridade dos palestinos é a reconciliação e a unidade nacional", disse.

Entre as possibilidades analisadas pelos palestinos, está a adesão a novos tratados e organizações internacionais, afirmou.

Acompanhe tudo sobre:Autoridade PalestinaConflito árabe-israelenseHamasIsraelPalestina

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar