Mobilização transformou lotes de terras que não eram utilizadas em hortas comunitárias, em Todmorden, na Inglaterra (Arnaud Clerget/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2012 às 10h48.
São Paulo - Multiplicar a visibilidade de ações locais e globais na Década da Biodiversidade da Organização das Nações Unidas (2011-2020) é uma das prioridades na agenda da 11ª Conferência das Partes da Diversidade Biológica (COP11), que acontece Hyderabad, na Índia, até 19/10. Para isso, as redes sociais como o Facebook e o Twitter são utilizados pelos organizadores para a multiplicação de informações de iniciativas mundiais e servem de apoio ao Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020, lançado na COP10, em Nagoya, no Japão.
Por meio dessas ferramentas, é possível conhecer, por exemplo, a história de Pam Warhurst e sua equipe de voluntários, que se mobilizaram para transformar lotes de terras que não eram utilizadas em hortas comunitárias e mudar a cultura sobre a importância dos alimentos em sua comunidade, em Todmorden, na Inglaterra. Ela constata que há muitas pessoas que realmente não reconhecem um vegetal a menos que seja dentro de um pedaço de plástico ou de isopor. A ativista destaca essa experiência na plataforma do TEDSalon.
Ou então, saber mais informações sobre iniciativas que ocorrem no Canadá, como o evento Run for Biodiversity 2012 (Correr para a Biodiversidade 2012), promovido pela USC Canadá, que acontecerá em quatro cidades do país, com o propósito de sensibilizar os cidadãos canadenses para o tema.
Campanhas educativas para a conservação de espécies ameaçadas também são sugestões que constam nessa diversidade de informações. Entre elas, está a da Aliança para Extinção Zero, que identificou 587 lugares onde uma ou mais espécies em perigo foram achadas no planeta e abriu votação para a escolha de "sete maravilhas" da fauna, que façam parte de uma pequena lista em 2012. A ONG tem página no Facebook e também representação no Brasil: a Aliança Brasileira para Extinção Zero.
Na lista, há exemplos brasileiros, como a arara azul-de-lear (Anodorhynchus leari), endêmica da região do sertão baiano, que sofre com as ameaças de tráfico ilegal de animais e a destruição de fontes alimentares para sua subsistência, na região da Caatinga. Hoje, existem iniciativas para a conservação da espécie como o Programa de Conservação da Arara Azul de Lear, coordenado pelo ICMbio-Cemave e o Projeto Arara Azul.