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Acnur denuncia "fracasso coletivo" de 7 anos de guerra na Síria

Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, a guerra no país acontece com um custo indescritível para sua população

Síria: seis anos de guerra fizeram com que 6,3 milhões de pessoas se transformassem em deslocados internos na Síria (Rodi Said/Reuters)

Síria: seis anos de guerra fizeram com que 6,3 milhões de pessoas se transformassem em deslocados internos na Síria (Rodi Said/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de março de 2017 às 15h34.

Genebra - A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) denunciou nesta quinta-feira "o fracasso coletivo" que representa o fato de que a Síria está prestes a completar sete anos de conflito civil, com um custo indescritível para sua população.

"(Após seis anos de guerra), as famílias foram destruídas, civis inocentes assassinados, lares destruídos, fontes de receitas eliminadas, é um fracasso coletivo", afirmou, citado em comunicado, o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.

"E o país se encontra em um encruzilhada. A menos que sejam tomadas medidas drásticas que levem à paz e à segurança, a situação piorará", acrescentou Grandi.

O responsável da Acnur lembrou que seis anos de guerra fizeram com que 6,3 milhões de pessoas se transformassem em deslocados internos na Síria e que 13,5 milhões necessitem de ajuda humanitária para sobreviver.

Além disso, 4,9 milhões de sírios são refugiados nos países vizinhos em situações de extrema precariedade, na maioria dos casos.

Neste contexto, Grandi afirmou que, além dos esforços diplomáticos para conseguir um acordo de paz, a comunidade internacional deve seguir apoiando os programas humanitários que oferecem assistência a todos estes milhões de sírios que vivem situações de precariedade.

Este ano, as Nações Unidas solicitaram US$ 8 bilhões para a resposta à crise humanitária causada pela guerra na Síria, e Grandi espera que na próxima conferência de Bruxelas, em 5 de abril, os doadores sejam suficientemente generosos para poder financiar tudo o que for solicitado.

"Pedimos aos doadores que mantenham fundos adequados e flexíveis que nos permitam responder às enormes necessidades.

Os fundos não acabarão com o sofrimento. Mas é uma das coisas que podemos fazer quando a pobreza e a miséria se intensificam. Os recursos disponíveis atualmente não são, nem de longe, os que necessitamos", explicou o responsável.

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