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Acidez dos oceanos deve prejudicar incidência de corais

Pesquisa conclui que 65% dos gases emitidos pelas ações humanas entram em contato com o mar e alteram a acidez das águas

As pesquisas mostram que a calcificação de corais apresenta atualmente redução de 15% (Getty Images)

As pesquisas mostram que a calcificação de corais apresenta atualmente redução de 15% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2012 às 14h28.

São Paulo - Os corais e outros organismos marinhos correm perigo, graças ao aumento dos níveis de acidez dos oceanos. Segundo pesquisadores da Universidade do Havaí, os grandes responsáveis por isso são os gases emitidos pelas ações humanas, que desregulam a velocidade com que os processos naturais deveriam ocorrer.

O estudo foi divulgado no último domingo, na revista científica “Nature Climate Change’, e conclui que 65% dos gases emitidos pelas ações humanas entram em contato com o mar e alteram a acidez das águas. O resultado disso é uma redução na calcificação dos corais e moluscos.

As pesquisas mostram que a calcificação de corais apresenta atualmente redução de 15%. Mas, nos próximos 90 anos deve chegar a 40%, em relação ao período que antecedeu a Era Industrial. Para chegarem a esta conclusão os pesquisadores se basearam na quantidade de aragonito presente no oceano. Ele é um tipo de carbono de sódio que auxilia a medição da acidez das águas, quanto mais ácida, menores são os níveis de aragonito.

Tobias Friecdrich, um dos líderes do estudo, explicou que as mudanças ocorreram de maneira muito mais rápida que os processos naturais. “Em algumas regiões, as mudanças na acidez do oceano provocadas pelo homem desde a Revolução Industrial são cem vezes maiores que as mudanças naturais verificadas entre a última Era Glacial e os tempos industriais”.

Quando as mudanças ocorrem mais devagar os organismos conseguem se adaptar. No entanto, a rapidez com que eles foram afetados nos últimos duzentos anos reduziu a incidência de aragonito em 50% e é possível que sejam encontrados apenas 5% deles até o final deste século. Assim, Alex Timmermann, co-autor do estudo, acredita que até 2050 devem ocorrer severas reduções na diversidade, complexidade e resistência dos corais.

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