Egito: um carro seguia contra o tráfego quando bateu em outros três carros (Shokry Hussien/Reuters)
Reuters
Publicado em 5 de agosto de 2019 às 10h42.
Última atualização em 5 de agosto de 2019 às 14h05.
Cairo — Dezenove pessoas morreram e 30 ficaram feridas por uma explosão resultante de uma colisão de veículos no centro do Cairo, informou o Ministério da Saúde do Egito nesta segunda-feira.
Não surgiu nenhum comunicado oficial indicando que a explosão foi um ataque. O acidente ocorreu quando um carro que seguia contra o tráfego na rua Corniche do Nilo colidiu com outros três, disse o Ministério do Interior em um comunicado separado.
O choque provocou uma explosão que forçou uma retirada parcial em um hospital próximo, o Instituto Nacional do Câncer, disse o Ministério da Saúde.
Pouco depois da explosão, era possível ver carros em chamas na rua enquanto passantes se esforçavam para ajudar os feridos.
Mais tarde na mesma manhã, investigadores vasculharam o local em meio a uma presença policial intensa. O edifício do hospital aparenta ter sofrido danos até o terceiro andar, disse uma testemunha da Reuters.
O procurador público do Egito está investigando o incidente, disseram fontes à Reuters.
O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, classificou de "ato terrorista" o choque entre vários veículos no Cairo, o qual deixou cerca de 20 mortos.
Nas redes sociais, Al-Sissi apresentou suas condolências "ao povo egípcio e às famílias dos mártires mortos no covarde incidente de origem terrorista".
O Ministério do Interior atribuiu o ato ao grupo Hasm. De acordo com o governo, a célula seria ligada à Irmandade Muçulmana, uma confraria proibida e severamente reprimida no Egito.
Os primeiros elementos da investigação levaram a "determinar que o grupo Hasm, vinculado à Irmandade Muçulmana terrorista, estava por trás da preparação do veículo" que causou a deflagração, acrescentou o Ministério em um comunicado.