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Acidente com Ferrari provoca escândalo político na China

O jovem rico que sofreu um acidente em março com uma Ferrari era o filho de um alto dirigente do regime

O presidente chinês, Hu Jintao: ele viu um de seus colaboradores ser rebaixado por um novo escândalo
 (Diego Azubel/AFP)

O presidente chinês, Hu Jintao: ele viu um de seus colaboradores ser rebaixado por um novo escândalo (Diego Azubel/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 08h44.

Pequim - A direção central do Partido Comunista da China se viu envolvida em um novo escândalo, depois da divulgação que o jovem rico que sofreu um acidente em março com uma Ferrari era o filho de um alto dirigente do regime.

Depois de meses de especulação na internet, que a censura tentou abafar, a situação foi explicada no fim de semana passado, quando foi anunciado que Ling Jihua, ligado ao presidente Hu Jintao, foi rebaixado.

Ling era chefe da Direção Geral do Comitê Central do Partido Comunista. Ele foi rebaixado para a função menos estratégica de chefe do Departamento da Frente Unida de Trabalho, um cargo responsável pelas relações com as minorias étnicas.

A agência estatal Xinhua mencionou a notícia de maneira sucinta, sem explicar o motivo da mudança.

Mas o South China Morning Post, um jornal de Hong Kong, informou na segunda-feira, com base em fontes não reveladas, que Ling Jihua foi rebaixado por ser o pai do jovem desconhecido que morreu em um acidente com sua Ferrari.

No dia 18 de março, uma avenida de Pequim foi cenário de um acidente com uma Ferrari, que bateu em grande velocidade contra um muro.

Do carro, destruído com o impacto, foram retirados o corpo sem vida de um homem de 20 anos e duas jovens gravemente feridas. Uma delas estava nua e outra parcialmente vestida. O motorista também estava parcialmente nu.

Apesar das autoridades comunistas nunca terem admitido que o jovem era Ling Gu, filho de Ling Jihua, o caso se tornou tão sensível que provocou uma forte censura, ao ponto dos sites de busca bloquearam a expressão "Ferrari negro".

O caso foi revelado em um momento incômodo, a poucas semanas do XVIII Congresso do Partido Comunista, que em outubro renovará a elite dirigente do país.

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