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Acidente da BP vai fazer Brasil enfrentar problemas no pré-sal, diz FT

A extração do pré-sal, capitaneada pela Petrobras, deverá ser atrasada e terá seus custos aumentados

O presidente Lula e José Sergio Gabrielli, da Petrobras: acidente da BP pode complicar a exploração do petróleo no Brasil (.)

O presidente Lula e José Sergio Gabrielli, da Petrobras: acidente da BP pode complicar a exploração do petróleo no Brasil (.)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - O acidente da British Petroleum (BP) na extração de petróleo em águas profundas no Golfo do México, nos Estados Unidos, vai fazer com que o Brasil enfrente problemas na exploração do pré-sal. É o que afirma uma reportagem publicada nesta terça-feira, no jornal britânico Financial Times.

A publicação abre a reportagem dizendo que houve uma "pequena fanfarronice" quando o presidente Lula participou de um evento para comemorar a produção comercial de petróleo em águas profundas, na última semana.

Para o Financial Times, o acidente da BP, ocorrido há mais de dois meses, deve criar uma maior preocupação ambiental no País, com o objetivo de evitar um novo derramamento de óleo no oceano atlântico. Ou seja, a extração do pré-sal, capitaneada pela Petrobras, deverá ser atrasada e terá seus custos aumentados devido às mudanças na regulamentação.

A revisão das novas leis para salvaguardar o meio-ambiente deverá durar pelo menos um ano. "O problema é que, enquanto isso, a indústria de extração de petróleo vai ficar no limbo", alerta a reportagem.

O Financial Times também aponta que a Petrobras tem mais desafios do que a BP na extração do petróleo. Primeiro porque o óleo encontra-se em um camada mais profunda do que no Golfo do México. Segundo pois as altas temperaturas e largas quantidades de dióxido de carbono podem prejudicar os equipamentos para retirar o óleo da camada de pré-sal.

"Mesmo assim, o Brasil é mais preparado do que os Estados Unidos para abrir um poço de exploração em águas profundas", diz a reportagem. De acordo com o Financial Times, as leis regulatórias brasileiras são vistas como mais resistentes e mais rígidas do que as dos Estados Unidos.

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