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Achim Steiner: "Documento ajudará no novo contrato social"

"A Rio+20 entregou uma declaração progressista, que tirou a questão ambiental de uma pista paralela", diz o diretor do Pnuma

Achim Steiner: “A declaração tem muitos ingredientes, mas, em várias questões que aborda, seu ‘modo de fazer’ deixa a desejar e não é preciso” (Getty Images)

Achim Steiner: “A declaração tem muitos ingredientes, mas, em várias questões que aborda, seu ‘modo de fazer’ deixa a desejar e não é preciso” (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 16h35.

São Paulo - Durante o encontro “Um Novo Contrato Social para o Século XXI”, promovido no sábado, pelo Instituo Ethos e pelo Unitar – Instituto para Treinamento e Pesquisa da ONU (veja outros links no final deste post), Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), falou a respeito do documento “O Futuro que Queremos”, resultante da Rio+20.

“Discordo daqueles que dizem que se trata de um documento vazio e sem significado. A Rio+20 entregou uma declaração progressista, que tirou a questão ambiental de uma pista paralela e a integrou ao caminho central do desenvolvimento. Transformamos a economia verde em um conceito global e isso é positivo, mas claramente não fomos capazes de acenar para um novo contrato social”, disse.

Steiner comparou o documento a um livro de culinária. “A declaração tem muitos ingredientes, mas, em várias questões que aborda, seu ‘modo de fazer’ deixa a desejar e não é preciso”, afirmou, acrescentando: “Ainda assim, como nos livros de receita, o documento tem informações suficientes para colocarmos a mão na massa e continuarmos a busca por um novo contrato social, um novo modelo de desenvolvimento”.

O diretor-executivo do Pnuma finalizou sua fala alertando para o fato de que as negociações para “o futuro que queremos” estão sendo feitas de forma equivocada. “O multilateralismo pode ser comparado a um tabuleiro de xadrez. Todo passo que é dado provoca uma reação e, em meio a tantos passos, reações e contrarreações, perdemos a noção de nossa origem, esquecemos o motivo para estarmos ‘jogando xadrez’. É preciso inventar um novo tabuleiro, uma nova dinâmica para as negociações multilaterais”.

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