EDINBURGH, SCOTLAND - AUGUST 17: Abdulrazak Gurnah attends a photocall during the Edinburgh International Book Festival on August 17, 2017 in Edinburgh, Scotland. (Photo by Simone Padovani/Awakening/Getty Images) (Simone Padovani/Awakening / Colaborador/Getty Images)
Da redação, com agências
Publicado em 7 de outubro de 2021 às 08h20.
Última atualização em 7 de outubro de 2021 às 09h26.
Autor de livros como "Desertion" e "By the sea", o escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah ganhou o Nobel de Literatura de 2021. O anúncio foi feito nesta manhã de quinta-feira, 7, pela Academia Sueca.
Segundo a Academia, o prêmio foi concedido "por sua penetração intransigente e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino do refugiado no abismo entre culturas e continentes."
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The 2021 #NobelPrize in Literature is awarded to the novelist Abdulrazak Gurnah “for his uncompromising and compassionate penetration of the effects of colonialism and the fate of the refugee in the gulf between cultures and continents.” pic.twitter.com/zw2LBQSJ4j— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 7, 2021
Gurnah, que cresceu na ilha de Zanzibar mas chegou à Inglaterra como refugiado no fim da década de 1960, foi premiado por sua escrita "empática e sem compromissos dos efeitos do colonialismo e o destino dos refugiados presos entre culturas e continentes".
Gurnah publicou 10 romances, além de livros de contos, e é conhecido sobretudo pelo livro "Paradise" ("Paraíso") de 1984, ambientado no leste da África durante a Primeira Guerra Mundial, finalista na época do Booker Prize de ficção.
Nascido em 1948, ele começou a escrever aos 21 anos no exílio na Inglaterra, e apesar do suaíli ser a sua língua materna, sua ferramenta literária é o inglês, recordou a Fundação Nobel.
O prêmio consiste em uma medalha e na quantia de 10 milhões de coroas suecas (980.000 euros, 1,1 milhão de dólares).
No ano passado, a vencedora do Nobel de Literatura foi a poeta americana Louise Gluck.
Para 2021, a Academia havia prometido ampliar seus horizontes geográficos, mas seu presidente destacou no início a semana que o "mérito literário" continuava sendo o "critério absoluto e único".
Com a pandemia de covid-19, pelo segundo ano consecutivo o vencedor receberá o prêmio em seu país de residência.