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Abbas rejeita reconhecer Israel como Estado judeu

Os comentários de Abbas foram publicados nesta sexta-feira pela agência de notícias palestina Wafa


	Mahmoud Abbas:  "Eles estão pressionando e dizendo: 'Sem paz sem o Estado judeu'", afirmou Abbas, sem especificar quem estaria fazendo a pressão
 (Mandel Ngan/AFP)

Mahmoud Abbas:  "Eles estão pressionando e dizendo: 'Sem paz sem o Estado judeu'", afirmou Abbas, sem especificar quem estaria fazendo a pressão (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 18h11.

Ramallah, Cisjordânia - O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que não há nenhuma chance de ele reconhecer Israel como um Estado judeu e aceitar uma capital palestina em apenas uma parte de Jerusalém Oriental, rejeitando o que os palestinos temem que serão elementos-chave de uma proposta de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio.

Os comentários de Abbas foram publicados nesta sexta-feira pela agência de notícias palestina Wafa. Ele destacou ter resistido à pressão internacional no passado, quando buscou reconhecimento das Nações Unidas (ONU) para um Estado palestino contra as objeções de Washington.

Falando a jovens ativistas de seu partido, Fatah, ele sugeriu que se manteria firme novamente, particularmente a respeito da demanda de que palestinos reconheçam Israel como um Estado judeu. "Eles estão pressionando e dizendo: 'Sem paz sem o Estado judeu'", afirmou, sem especificar quem estaria fazendo a pressão. "Não tem jeito. Nós não aceitaremos."

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu entrevistas a redes de televisão israelense, e trechos foram televisionados na noite de sexta-feira. "Eu estou pronto para prosseguir, estou preparado para chegar ao fim do conflito, mas isso precisa representar o encerramento do conflito", disse o premiê ao Canal 10.

"Nós não permitiremos o estabelecimento de um Estado palestino se o conflito continuar, então eles precisam reconhecer o Estado dos judeus assim como estão exigindo de nós que reconheçamos o Estado dos palestinos." Além disso, Netanyahu afirmou que Israel continuará tendo soberania sobre Jerusalém.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, deve apresentar suas ideias sobre os contornos de um acordo de paz entre israelenses e palestinos em breve, mas parece cada vez mais improvável que consiga convencer Abbas e Netanyahu a aceitar um acordo-quadro até o fim do prazo estipulado para as negociações, em 29 de abril.

Abbas se reunirá com o presidente dos EUA, Barack Obama, na Casa Branca, em 17 de março, como parte dos esforços norte-americanos para pressionar ambos os lados. Netanyahu se reuniu com Obama no início da semana. Fonte: Associated Press.

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