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Abbas diz que não haverá negociações se colonização israelense não parar

No entanto, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Abbas deveria concordar com negociações sem condições prévias a fim de alcançar um acordo de paz no Oriente Médio

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas: em sua volta aos territórios, Abbas foi ovacionado pela multidão (©AFP / Abbas Momani)

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas: em sua volta aos territórios, Abbas foi ovacionado pela multidão (©AFP / Abbas Momani)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2011 às 13h06.

RAMALLAH (AFP) - O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, reafirmou neste domingo que não haverá negociações com Israel se a colonização israelense nos territórios palestinos não parar por completo.

"Não haverá negociações sem a legitimação internacional e sem uma parada completa da colonização", afirmou Abbas diante de milhares de partidários em Ramallah, na Cisjordânia, em sua volta de Nova York, onde, na sexta, apresentou um pedido histórico de adesão de um Estado palestino à ONU.

Em sua volta aos territórios, Abbas foi ovacionado pela multidão que o esperava.

Por outro lado, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que Abbas deveria concordar com negociações sem condições prévias a fim de alcançar um acordo de paz no Oriente Médio.

Em declarações a um canal TV depois do pedido do Quarteto para a Paz para a retomada de negociações diretas, Netanyahu afirmou que seu conselho a Abbas é que "se quiser alcançar a paz, coloque de lado todas as condições prévias".

Mais cedo, o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, afirmou ser favorável à adoção do plano de paz do Quarteto (Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) para conseguir um acordo de paz entre israelenses e palestinos até o final de 2012.

"Acho que é preciso aceitar a proposta do Quarteto porque inclui um ponto muito positivo: a abertura de negociações sem condições prévias" afirmou Lieberman, entrevistado em Nova York pela rádio estatal israelense.

Apesar de admitir ter reservas quanto a esse plano, o chanceler explicou que seu país deve favores aos Estados Unidos.

"Os americanos mobilizaram grandes esforços no Quarteto para alcançar esta proposta e nos apoiaram tanto na crise de nossa embaixada no Cairo como no discurso do presidente Barack Obama na ONU", afirmou ainda.

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