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Abbas diz que, com 'boa vontade', Estado palestino sai em 2011

"Há alguns sinais internacionais e regionais de que o conflito palestino-israelense terminará em 2011", disse o presidente da ANP

O presidente palestino Mahmoud Abbas: "os limites de 1967 são inegociáveis" (Getty Images)

O presidente palestino Mahmoud Abbas: "os limites de 1967 são inegociáveis" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2010 às 09h31.

Brasília - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, garantiu em entrevista publicada nesta sexta-feira que, se houver "boa vontade da comunidade internacional", o Estado palestino será realidade pela ONU em 2011.

"Há alguns sinais internacionais e regionais de que o conflito palestino-israelense terminará em 2011", disse Abbas ao jornal "Correio Braziliense".

O líder palestino está na capital brasileira para assistir neste sábado aos atos de posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, quem receberá o cargo das mãos de Luiz Inácio Lula da Silva.

Abbas, apesar seu otimismo, esclareceu que a ANP não tem intenções de apresentar, por enquanto, nenhum pedido formal às Nações Unidas em relação ao reconhecimento do território palestino como Estado.

Lembrou, no entanto, que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "disse em setembro de 2011 o Estado palestino será membro pleno da ONU".

O governante fez referência ainda ao chamado Quarteto para o Oriente Médio - EUA, Rússia, ONU e União Europeia (UE) - colocaram como prazo para o fim das negociações em setembro e que os próprios palestinos decidiram que, nesse mesmo mês, "será instituída toda a estrutura do Estado palestino".

Abbas reafirmou que "os limites de 1967 são inegociáveis", mas indicou que "há alguns detalhes que podem ser negociados", entre os quais citou assuntos de segurança de fronteira.

Insistiu que Jerusalém Oriental "é um território ocupado (por Israel) desde 1967 e será a capital do Estado palestino", embora disse que deverá ser "uma cidade aberta para que os seguidores das três religiões monoteístas possam exercer seus cultos livremente".

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