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Abbas aceita renúncia do governo palestino

Divergências entre o Executivo e o governo da Faixa de Gaza, liderado pelo Hamas, impediram até agora a realização de eleições

Mahmoud Abbas, presidente palestino: ex-primeiro-ministro deve montar novo Executivo (Getty Images)

Mahmoud Abbas, presidente palestino: ex-primeiro-ministro deve montar novo Executivo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 07h35.

Ramala - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, aceitou nesta segunda-feira a renúncia do Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) liderado por Salam Fayyad, informou à Agência Efe o escritório do primeiro-ministro.

Em reunião extraordinária realizada nesta manhã na cidade cisjordaniana de Ramala, o Executivo apresentou sua renúncia para dar passagem à formação de um novo Governo.

Abbas aceitou a renúncia em bloco e encarregou Fayyad da formação de um novo Executivo, incluindo representantes das diversas facções políticas palestinas.

Espera-se que a reforma do Governo se prolongue pelas próximas duas semanas e que reduza o número de ministros dos 21 atuais para 19, informou a agência de notícias "Maan".

A renúncia do Executivo de Fayyad ocorre dias após Abbas convocar eleições presidenciais e legislativas para setembro.

A realização do pleito foi rejeitada pelo movimento islamita Hamas, que governa em Gaza e garantiu que não concorrerá, mas também não vai permitir eleições na faixa palestina.

A situação de divisão política entre a ANP e o Governo do Hamas em Gaza impediu até agora a realização de eleições, apesar de os mandatos presidencial e parlamentar terem expirado.

As últimas eleições legislativas palestinas ocorreram em 2006, com a vitória do Hamas, à qual seguiu um boicote da comunidade internacional ao novo Governo.

As presidenciais, às quais o Hamas não apresentou candidato, foram realizadas um ano antes e vencidas por Abbas.

A convocação de eleições e a mudança de Governo palestino poderiam ser influenciadas pelos protestos populares que se estenderam desde o início do ano em vários países árabes e que acabaram com os executivos de Tunísia, Egito e Jordânia.

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