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Abatimento na missa pela alma dos mortos do massacre na Noruega

Entre os presentes, muitos seguravam a cabeça entre as mãos, prostrados e visivelmente amargurados

Rei Harald (esq.) cumprimenta ministros, Rainha Sonja (centro) abraça premier e Princesa Martha (dir.) abraça vítima do ataque (AFP)

Rei Harald (esq.) cumprimenta ministros, Rainha Sonja (centro) abraça premier e Princesa Martha (dir.) abraça vítima do ataque (AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2011 às 13h56.

Oslo - O rei Harald V com os olhos marejados, o primeiro-ministro com a voz embargada, políticos em prantos e centenas de pessoas em silêncio: a missa pela alma dos 93 mortos no atentado duplo na Noruega foi celebrada neste domingo, num clima de muito pesar, na cetedral de Oslo.

A princesa Märtha-Louise e a rainha Sonja não puderam conter os soluços.

Entre os presentes, muitos seguravam a cabeça entre as mãos, prostrados e visivelmente amargurados. Era impossível conter as lágrimas.

O primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, dirigiu-se aos participantes com a voz embargada, lembrando que conhecia vários dos mortos na chacina.

"Somos um país pequeno, mas um povo orgulhoso", disse, afirmando que o país "nunca abandonará os próprios valores".

Fora do templo, uma multidão formada por pessoas de todas as idades e origens tentava acompanhar a celebração.

Kent Eide, de 30 anos, trouxe um ramo de flores e uma bandeira noruega para "dizer ao mundo que somos fortes".

Durante a missa, de hora e meia, o silêncio era absoluto. Sob os flashs de fotógrafos do mundo inteiro, as pessoas depositavam flores e acendiam velas na esplanada situada em frente à catedral.

"Era importante vir. Três jovens de meu bairro morreram na sexta-feira", contou Lill-Hege Svendzen, com uma rosa vermelha na mão. "Devemos mostrar que nós, noruegueses, estamos unidos", disse a jovem, que vive no norte do país.

Einar Pedersen, de 25 anos, de barba do tipo viking, segurando pela mão o filho de seis anos, afirmou que se sentia também "orgulhoso de demonstrar solidariedade".

"Estou triste, muito triste", desabafou Aline De Luna, de 43 anos. Originária das Filipinas, vive na Noruega há 23 anos, e veio acompanhada do marido e do filho de oito anos.

"A abertura e a liberdade são as bases desta sociedade, assim como o respeito aos demais e às ideias", comentou a mulher, que deixou um ramo de flores diante da catedral.

Antes de entrar na igreja, o primeiro-ministro Stoltenberg fez uma inclinação ante os buquês de flores depositados diante da catedral, um edifício de pedra, no centro de Oslo.

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