Mundo

Abastecimento de álcool deve voltar ao normal em maio, diz governo

Segundo o secretário de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda, preços também devem cair a partir do próximo mês

O secretário afirmou que a falta de álcool pode continuar ocorreno nos períodos de entressafra (Petrobras/Divulgação)

O secretário afirmou que a falta de álcool pode continuar ocorreno nos períodos de entressafra (Petrobras/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 15h49.

Brasília – O abastecimento de álcool combustível deverá estar normalizado a partir de maio, informou hoje (6) o secretário adjunto da Secretaria de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt. Com isso, o preço do combustível deverá retornar aos preços do final do ano devido à quantidade de álcool que retornará ao mercado.

Ele, no entanto, admitiu que, nos próximos anos, o problema de desabastecimento de etanol pode continuar devido ao período de transição, marcado pelo final de uma safra e o início da próxima, que se dá nos meses de março e abril. Bittencourt também disse que o preço do álcool deve cair primeiro em São Paulo. “Vai voltar a ser mais competitivo [o litro do etanol] nos estados que tem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços [ICMS] menor, como São Paulo. Como existe uma produção agora, o preço tem que cair. É a lei da oferta e da procura”, disse.

Para ele, a questão da tributação precisa ser resolvida. Ele lembrou que, em São Paulo, onde o ICMS é 12% e há maior consumo, existe uma maior produção, enquanto tem estados que cobram, em média, 25%.

O governo, porém, vem discutindo medidas para enfrentar o problema no setor. Uma das possibilidades é tornar o álcool um combustível regulado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O objetivo é criar mais um mecanismo para garantir o abastecimento de álcool nos carros brasileiros.

Outra medida que vem sendo avaliada é a que cria uma linha temporária, de três a quatro anos, para financiar a renovação de canaviais com recursos de instituições do governo, como o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo Bittencourt, com a crise financeira de 2008 e 2009, os produtores de cana-de-açúcar não tiveram recursos para a renovação do canavial, que, geralmente, deve ocorrer a cada cinco anos. Sem essas alterações, há perda de produtividade.

Além dessas medidas, o governo quer ainda discutir com as montadoras a eficiência dos motores dos carros, incluindo o álcool combustível mais eficiente. Na prática, seria reduzir a relação que indica se vale a pena usar o álcool ou gasolina. Ou seja, se o preço for 70% do valor da gasolina, é viável para o consumidor. A estimativa é resolver o problema a médio prazo.

Acompanhe tudo sobre:Álcool combustívelAmérica LatinaCombustíveisDados de Brasil

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos