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A metralhadora verbal de Trump está a mil em 2018

O presidente americano Donald Trump começou o ano no ataque em sua política internacional

Donald Trump: Presidente dos EUA não dá descanso para Coreia do Norte e Irã (Ralph Freso/Getty Images)

Donald Trump: Presidente dos EUA não dá descanso para Coreia do Norte e Irã (Ralph Freso/Getty Images)

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EXAME Hoje

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 06h32.

Última atualização em 4 de janeiro de 2018 às 07h25.

O presidente americano Donald Trump começou o ano no ataque em sua política internacional. Em sua conta no Twitter, desde o início da semana, Trump não dá descanso para tradicionais desafetos, como a Coreia do Norte e o Irã. Mesmo aliados, como o Paquistão, ou a Palestina, que estava em conversas de retomada de paz com os americanos, não foram poupados pelo presidente.

Os Estados Unidos ameaçam cortar as ajudas financeiras para a Autoridade Palestina caso seus líderes se recusem a voltar à mesa de negociações sobre a paz no Oriente Médio. Trump chegou a dizer que os palestinos “não querem mais falar de paz”. A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, já havia ameaçado suspender as verbas para a agência da ONU responsável por refugiados palestinos caso a situação não se resolva. A medida é vista como uma tentativa de forçar o acordo de paz na região a todo custo, algo que Trump havia prometido.

O Paquistão também teve sua cota: Trump veio a público afirmar que não recebeu nada senão “mentiras e enganações, pensando que nossos líderes são tolos”. O presidente acusa os paquistaneses de acobertarem grupos terroristas. Os Estados Unidos podem definir hoje sobre uma cota de 255 milhões dólares em ajuda ao Paquistão e anunciar ações mais concretas contra o país. 

Trump também usou as redes sociais recentemente para parabenizar os iranianos por sua revolta contra o governo, dizendo que eles “verão grande apoio dos Estados Unidos, na hora apropriada”. O governo americano decide ainda este mês sobre a continuidade do acordo nuclear com o Irã — tratado do qual Trump é um crítico voraz. O norte-coreano Kim Jong-un fecha a lista de citados. “Alguém daquele regime famélico poderia por favor informar a ele eu também tenho um botão nuclear, mas muito maior e poderoso que o dele”, disse Trump em resposta a Kim, que havia dito que tinha “um botão nuclear disponível em sua mesa”.

As diversas brigas internacionais de Trump em tão pouco tempo foram coroadas na terça-feira com o anúncio do livro “Fogo e Fúria: por dentro da Casa Branca de Trump”, em uma tradução livre, do jornalista Michael Wolff. O livro, que deve lançado no dia 9, traz diversas afirmações polêmicas sobre a presidência, a inteligência do presidente e até sua relação com seus filhos e empregados. A divulgação de alguns trechos provocou uma quebra entre Trump e seu antigo consultor Steve Bannon, que foi demitido no ano passado. Trump chegou a dizer que Bannon, um dos personagens do livro, “perdeu a cabeça”. Faltam 361 dias para o fim do ano. Apertem os cintos.

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