Mandela: faria 99 anos nesta terça (Nelson Mandela Foundation/Matthew Willman/Divulgação)
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Publicado em 18 de julho de 2017 às 06h28.
Última atualização em 18 de julho de 2017 às 08h05.
Dia 18 de julho é comemorado o Dia Internacional Nelson Mandela, data marcada no calendário pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 2009, quando o ex-presidente da África do Sul ainda era vivo. A homenagem celebra a luta por liberdade, justiça e democracia, no dia de nascimento de Mandela, que faria 99 anos nesta terça.
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Num dia de saudosismo, quase 100 organizações civis sul-africanas vão se reunir na Rhema Bible College para bolar estratégias para derrubar do atual presidente, Jacob Zuma, envolvido em escândalos de corrupção até o pescoço — para pudesse concorrer ao cargo, a Justiça engavetou mais de 700 acusações contra ele. Na mais recente, ele teria usado 16 milhões de dólares dos cofres públicos para fazer uma reforma em sua casa. O presidente, que já está há oito anos no cargo, se mantém no poder por ter maioria no Congresso, o que garante que os pedidos de impeachment contra ele não vão para frente.
A conferência, intitulada “O Futuro da África do Sul”, foi articulada pelas organizações Save South Africa e Ahmed Kathrada Foundation, por acreditarem que “nunca houve momento mais importante para resgatar os valores de ‘Madiba’”, apelido carinhoso pelo qual era chamado Mandela. O ex-presidente é considerado o líder político mais importante que o país já teve, por ter sido um dos principais responsáveis pelo fim do apartheid e pela instituição da democracia sul-africana, e foi congratulado com um Nobel da Paz.
Em meio a um cenário político conturbado, a África do Sul também tem sofrido na economia, afetada pela queda no preço das commodities, por uma das piores secas de sua história e pela baixa capacidade de atrair investimentos, num ambiente de incertezas. De 2011 até agora, o PIB do país perdeu 30% do valor. Não chegou a 300 bilhões de dólares em 2016 e foi superado por Nigéria e Egito. O país de Mandela luta para se manter na posição de economia – e de democracia – mais forte do continente africano.