Mundo

América Latina fez progressos no combate ao tabagismo, diz OMS

Organização elogiou iniciativas no Brasil e no Uruguai para diminuir a quantidade de fumantes

Segundo a OMS, o século 21 pode terminar com 1 bilhão de mortes causadas pelo tabaco (Getty Images)

Segundo a OMS, o século 21 pode terminar com 1 bilhão de mortes causadas pelo tabaco (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2011 às 18h13.

Genebra - A América Latina fez grandes progressos no desenvolvimento de legislações para combater o tabagismo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que destacou que ainda existem problemas como a agressividade da indústria e o comércio ilícito.

"A situação de controle do tabaco na América Latina é muito positiva. Temos exemplos notáveis dos avanços que se produziram. O Uruguai é um, com a implementação do Convênio Marco para o Controle do Tabaco, que reduziu notavelmente a prevalência do consumo de tabaco no país", disse Armando Peruga, responsável pela Iniciativa Livre de Tabaco do organismo.

"Entre eles também está o Brasil, que tem uma prevalência relativamente baixa, com a proibição de publicidade, e ambientes livres de cigarro em alguns estados do país", declarou Peruga à Agência Efe.

Apenas seis anos após esse tratado entrar em vigor, os especialistas acreditam que se está vecendo a batalha contra o fumo que, no entanto, matará neste ano seis milhões de pessoas no mundo, incluindo 600 mil não fumantes que ficam expostos à fumaça.

"Se não forem adotadas novas medidas, em 2030 o tabaco pode causar a morte de 8 milhões de pessoas por ano", acrescentou.

De acordo com os dados da OMS, se for mantida a atual tendência, o século XXI poderia terminar com 1 bilhão de mortes relacionadas ao tabaco.

O Convênio Marco para o Controle do Tabaco foi adotado em 2003 e entrou em vigor em 2005.

"A maioria dos países latino-americanos faz parte do Convênio" com ausências como a da Argentina, destacou Peruga.

O especialista citou como exemplo de políticas bem-sucedidas neste terreno o Uruguai, que conseguiu reduzir a prevalência do tabagismo de 46% para 31% em três anos.

"Ambientes livres de fumaça também foram implementados em Peru, Panamá, Honduras, Guatemala e Venezuela. O México também teve muitos avanços e temos uma redução da prevalência de 2006 a 2009 de 30% para 25%, graças a leis federais e a algumas leis estaduais", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de Brasil

Mais de Mundo

Três ministros renunciam ao governo de Netanyahu em protesto a acordo de cessar-fogo em Gaza

Itamaraty alerta para a possibilidade de deportação em massa às vésperas da posse de Trump

Invasão de apoiadores de presidente detido por decretar lei marcial deixa tribunal destruído em Seul

Trump terá desafios para cortar gastos mesmo com maioria no Congresso