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A ira da temporada de enchentes na China, em imagens

Após enfrentar sua pior seca em meio século, país sofre com as tempestades de verão seguidas de inundações

Enchente na China em junho de 2011 (Getty Images)

Enchente na China em junho de 2011 (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 13h57.

São Paulo – O cenário é alarmante. Pelo menos 40 rios chineses, incluindo o Yangtsé, o maior da Ásia, estão com os níveis de água acima dos limites seguros. Depois de enfrentar sua pior seca em meio século, a China agora sofre com as fortes chuvas e enchentes de verão, que inundam cidades, devastam plantações e deixam vítimas fatais, além de centenas de desabrigados. As tempestades, que começaram no início de junho, já obrigaram a retirada de mais de um milhão de pessoas de regiões de risco. Há registros de pelo menos 170 mortos e desaparecidos. O município mais afetado é Zhejiang, onde alguns dos trechos do rio Qiantang subiram ao nível mais alto desde 1955. Estradas e pontes foram fechadas pelo risco de desabamento e deslizamentos de terra.

Estragos nas plantações já afetam 20% da produção de alimentos, puxando a alta dos preços. As operações de voo e decolagem no principal aeroporto de Pequim também foram afetadas, causando longos atrasados. Um deles, de cerca de oito horas, mudou os planos do escritor peruano Mario Vargas Llosa. O prêmio Nobel que viajava com a família no país teve que suspender sua agenda na capital por causa das precipitações. A cada ano, o Centro e o Sul da China sofrem com este fenômeno, que tem se tornado cada vez mais intenso. Em 2010, a temporada de chuvas deixou 4,3 mil mortos, sendo considerada a mais catástófica dos últimos 12 anos. Para este ano, além das tempestades, os climatologistas prevêm a incidência de furacões no país, o que pode agravar ainda mais a situação.

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