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“Era do Desenvolvimento Sustentável é agora!”, diz Ki-moon

Secretário afirmou que os líderes globais devem seguir as recomendações do documento recém finalizado no Rio de Janeiro.

Ban Ki-moon confessou que tinha expectativa em ver um documento final com um texto mais forte e pragmático (©AFP / Evaristo Sa)

Ban Ki-moon confessou que tinha expectativa em ver um documento final com um texto mais forte e pragmático (©AFP / Evaristo Sa)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2012 às 15h24.

Rio de Janeiro - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, inaugurou oficialmente hoje pela manhã, no Riocentro, a Conferência para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

O secretário afirmou que os líderes globais devem seguir as recomendações do documento recém finalizado no Rio de Janeiro. “Chega de palavras e boas intenções. Precisamos de ações”, disse. “Temos que integrar prosperidade e meio ambiente”.

Ban Ki-moon falou ainda sobre a importância do compromisso em reduzir a pobreza. Disse que é preciso melhorar a vida de bilhões de mulheres, crianças e homens que vivem em condições extremas. Ele elogiou a iniciativa de 50 governos que estão desenvolvendo programas para garantir o acesso à energia moderna para mais de 1 bilhão de pessoas como forma de inclusão social.

Ao participar de uma entrevista coletiva com jornalistas, o secretário-executivo da ONU foi questionado sobre o conteúdo final do documento da Rio+20. “O resultado dessa conferência é mais do que um documento, é o início de um movimento global por mudanças”.

Ban Ki-moon confessou que também tinha expectativa em ver um documento final com um texto mais forte e pragmático, entretanto afirmou que a negociação foi muito difícil e demorada. “Alguns Estados membros queriam um texto mais ambioso, mas a negociação foi delicada”.

Outro resultado esperado pelo secretário com a Rio+20 é a realização de parcerias com a sociedade civil. Para ele, chegou a hora das implementações, sem mais demora. O que importa agora é o interesse global, não mais o local. “Chefes de Estado representam aqui seus países, mas a decisão é pelo planeta.Devemos agir como cidadãos globais”, afirmou.

Quando perguntado se o documento final ainda poderia receber modificações feitas pelos Chefes de Estado, Ban Ki-moon disse que eles irão definir as prioridades no texto e comprometer-se politicamente com o que será acordado.

Ban Ki-moon finalizou a entrevista comentando sobre o simbolismo da conferência estar sendo realizada, 20 anos depois da Rio92, no Rio de Janeiro novamente. “Naquela época ainda não tinhamos nos dado conta que os recursos naturais estavam acabando e o planeta é um só. Nossa sobrevivência depende da maneira como agimos”.

O secretário disse que o Brasil é uma nação emergente, com vastas áreas ambientais e muitos recursos disponíveis, mas ainda enfrenta grandes desafios. “Podemos aprender com a experiência brasileira, pode ser um exemplo para outras nações que buscam o desenvolvimento sustentável”.

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