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A briga pelo apoio de Marina Silva

Ela pode apoiar Dilma, Serra ou ninguém. Terá muito peso no segundo turno

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Brasília - Derrotada no primeiro turno, Marina Silva (PV) vai pesar na decisão que elegerá o novo presidente da República. Ela tem três opções: declarar apoio a Dilma Rousseff (PT), a José Serra (PSDB) ou manter-se neutra no segundo turno – nem um, nem outro. De qualquer maneira, poderá dar um novo rumo às eleições.

Dilma e Serra disputarão cada voto da candidata que lutou pelo desenvolvimento sustentável. Para isso, o primeiro passo de ambos será convencê-la a se engajar na campanha do segundo turno. Antes de escolher Indio da Costa (DEM) como seu vice, Serra tentou persuadir Marina Silva a desistir da candidatura própria e tornar vice de sua chapa. Fracassou. Agora deverá bater na porta da verde para pedir apoio na reta final do pleito.

Ex-petista, Marina chegou a defender o partido em algumas situações na campanha. Ela negou, por exemplo, relações do PT com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Também evitou ataques diretos a Dilma Rousseff em debates. Por outro lado, cobrou providências do governo sobre os escândalos na Receita Federal e na Casa Civil.

Embates – Ainda como ministra do Meio Ambiente, Marina teve diversos embates com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. As divergências com o governo Lula levaram Marina a deixar o ministério, e depois o PT. Em comunicado ao partido, reiterou seu desacordo com uma “concepção do desenvolvimento centrada no crescimento material a qualquer custo”.

David Fleischer, cientista político da Universidade de Brasília (UnB), resume a situação: “A Marina não tem muitos amores pela Dilma. Mas, nos debates, não fez ofensiva contra a petista. Também temos que lembrar que Serra recrutou Marina para ser vice dele, e ela não aceitou. Portanto, é difícil de saber para quem o eleitor de Marina migrará. Os votos também podem ficar divididos”.

Marina não tem boas relações com Dilma, mas também nunca foi próxima de Serra. Ela foi petista durante 30 anos e jamais fez aliança com o PSDB. Agora estará em suas mãos parte do peso da balança do segundo turno.

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