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A 5 meses da eleição, partidos estão divididos sobre sucessor de Merkel

CSU e CDU esperavam chegar a um acordo sobre a nomeação neste fim de semana, mas as negociações fracassaram

Angela Merkel: a líder alemã deve deixar o comando do país após a eleição este ano (ANNEGRET HILSE/POOL/AFP/Getty Images)

Angela Merkel: a líder alemã deve deixar o comando do país após a eleição este ano (ANNEGRET HILSE/POOL/AFP/Getty Images)

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AFP

Publicado em 18 de abril de 2021 às 21h33.

Última atualização em 18 de abril de 2021 às 21h34.

Os partidos conservadores da Alemanha estão mais divididos do que nunca sobre a nomeação de um líder para suceder Angela Merkel em outubro, após o fracasso em chegar a um consenso na noite deste domingo (18).

Dois homens aspiram a liderar os conservadores nas eleições legislativas de 26 de setembro: o presidente da União Democrata-Cristã (CDU), Armin Laschet, um moderado partidário da continuidade centrista de Merkel; e o líder da União Social-Cristã da Baviera (CSU), Markus Söder, seu aliado e politicamente mais à direita.

O primeiro comanda a maior das duas formações e conta com o apoio dos principais dirigentes de seu partido. Porém, sua popularidade junto à opinião pública é muito inferior à de seu adversário.

Segundo uma pesquisa recente da rede ARD, 44% dos alemães consideram Söder, do CSU, o melhor para conduzir os conservadores nas eleições, em comparação com 15% para Laschet.

Os dois homens haviam inicialmente garantido que queriam chegar a um acordo antes do fim de semana. Na noite de domingo, no entanto, nenhum consenso havia sido alcançado, apesar das negociações em andamento entre os dois candidatos em Berlim.

Se nenhum dos dois apresentar sua representação, a decisão pode recair sobre os deputados dos dois partidos, que se reunirão na terça-feira.

Nesse caso, as chances de Markus Söder aumentariam, já que ele conta com o apoio da base, enquanto seu rival tem o suporte das lideranças do partido.

Esse tipo de confronto entre a CDU e a CSU é raro desde que a aliança entre esses dois partidos "irmãos" foi selada após a guerra. Os dois movimentos “estão se matando”, alerta o jornal Bild. “Eles estão expostos à ruptura”, diz por sua vez Der Spiegel.

Enquanto isso, Angela Merkel permanece em silêncio, tendo dito que não quer interferir em sua sucessão.

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