Soldado de Israel: ofensiva causa número incomum de vítimas entre profissionais da comunicação (DAVID BUIMOVITCH/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2014 às 14h55.
Jerusalém - Nove jornalistas palestinos morreram na Faixa de Gaza desde que Israel começou a operação Limite Protetor, em 8 de julho, informou nesta quinta-feira a agência palestina "Maan".
A última vítima é o jornalista Muhamad Daher, que trabalhava para o jornal "Al Resalah", ligado ao movimento islamita palestino Hamas (que controla Gaza desde 2007).
Daher morreu hoje após não resistir aos ferimentos que sofreu há alguns dias no bairro Shayahie.
O alvo do ataque, que deixou vários membros de sua família feridos, continua desconhecido, embora Israel tenha bombardeado edifícios inteiros nesta e em outras regiões de Gaza como parte de sua ofensiva.
Israel também atacou deliberadamente instalações da rádio e televisão al-Aqsa, vinculada ao Hamas, assim como um centro autônomo de produção de notícias.
Hoje, o escritório do colaborador da Agência Efe em Gaza foi atingido por um projétil de artilharia israelense, que causou graves danos materiais.
Na semana passada, o edifício onde fica a sede da televisão catariano "Al Jazeera" e os escritórios da agência de notícias americano "AP" foram atingidos em um ataque pelo ar, que não deixou vítimas.
Segundo a "Maan", a ofensiva israelense está provocando um número incomum de vítimas entre os profissionais da comunicação, particularmente desde que começou a atacar zonas residenciais e áreas comerciais.
Dois dos nove jornalistas morreram no recente ataque a um mercado de Shayahie, o bairro de Gaza mais castigado durante a ofensiva, quando fotografavam a região.