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8 soldados israelenses são mortos no sul do Líbano em confronto com Hezbollah

Hezbollah afirma ter repelido uma incursão israelense, aumentando tensões entre Israel e Irã

Exército de Israel relatou a morte de oito soldados

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AFP
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Agência de notícias

Publicado em 2 de outubro de 2024 às 18h35.

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O Hezbollah afirmou ter repelido, nesta quarta-feira, 2, uma incursão israelense no sul do Líbano. O Exército de Israel relatou a morte de oito soldados, suas primeiras baixas desde que lançou uma operação terrestre esta semana para atacar posições do movimento pró-iraniano.

Esses confrontos ocorrem em meio a uma troca de ameaças entre Israel e o Irã, que, na terça-feira, lançou o segundo ataque direto da sua história contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que a República Islâmica pagará pelo seu "grande erro".

O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, por sua vez, declarou que "não busca uma guerra", mas prometeu uma resposta "mais forte" caso Israel faça retaliações, ignorando os apelos internacionais para uma desescalada em um conflito que já deixou mais de mil mortos no Líbano desde a semana passada.

Conflitos na fronteira e baixas significativas

O Exército israelense, que anunciou na terça-feira que lançou incursões terrestres limitadas na fronteira libanesa, informou nesta quarta-feira a morte de oito soldados em combates no sul do Líbano. Ao mesmo tempo, Israel continua bombardeando os subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah.

Na semana passada, Israel desferiu um duro golpe à milícia, matando seu líder, Hassan Nasrallah, em um bombardeio maciço. O Hezbollah afirmou que repeliu soldados israelenses no sul do Líbano e alegou ter atacado uma unidade israelense com um dispositivo explosivo, destruindo três tanques.

Ataques iranianos com mísseis

Horas depois de Israel anunciar o início das operações terrestres no Líbano, o Irã disparou cerca de 200 mísseis contra o território israelense. Na sua operação, batizada de "Promessa Honesta 2", Teerã utilizou pela primeira vez mísseis hipersônicos, de acordo com a imprensa iraniana.

O ataque causou dois feridos leves em Israel, segundo os serviços de emergência, e matou um palestino na Cisjordânia ocupada, conforme uma autoridade palestina. Os Estados Unidos, que ajudaram Israel a derrubar os mísseis, declararam que querem "coordenar" uma resposta com os israelenses. "Os Estados Unidos apoiam totalmente, totalmente, totalmente Israel", declarou o presidente Joe Biden.

Condenações internacionais e intensificação do conflito

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o "ciclo repugnante" de violência no Oriente Médio em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança. Ele também "condenou veementemente" o ataque do Irã, após as autoridades israelenses o declararem "persona non grata" por não ter feito essa condenação imediatamente.

O G7, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, afirmou que "uma solução diplomática ainda é possível" no Oriente Médio.

Por outro lado, o ex-primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, defendeu que Israel aproveite a situação para destruir a infraestrutura nuclear do Irã, enquanto o presidente Biden reiterou que não apoiará tal ataque.

Na madrugada desta quarta-feira, o Exército israelense anunciou ter bombardeado três escolas na Faixa de Gaza, que seriam usadas pelo Hamas como centros de comando.

Israel está em guerra com o Hamas desde 7 de outubro de 2023, quando o movimento lançou um ataque sem precedentes ao território israelense, matando 1.205 pessoas. Desde então, a ofensiva israelense na Faixa de Gaza já deixou mais de 41.689 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.

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