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6 voluntários da Cruz Vermelha ficaram feridos durante protestos em Gaza

No último mês, 76 palestinos morreram por ações das forças israelenses nos protestos em Gaza, região que é bloqueada por Israel há 11 anos

Gaza: os socorristas da Cruz vermelha prestaram atendimento a 6 mil feridos durante protestos (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Gaza: os socorristas da Cruz vermelha prestaram atendimento a 6 mil feridos durante protestos (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de maio de 2018 às 10h07.

Genebra - A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) informou nesta quinta-feira que seis voluntários socorristas ficaram feridos durante a violência gerada em torno da chamada Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, durante a qual dezenas de palestinos morreram por disparos de soldados israelenses.

O presidente da FICV, Francesco Rocca, encerra hoje uma visita de dois dias ao território palestino, onde dialogou com vários voluntários que auxiliaram as vítimas e visitou centros temporários de atendimento de emergência.

Em comunicado, a entidade humanitária detalhou que os socorristas prestaram atendimento a 6 mil feridos durante a violência.

Segundo dados das Nações Unidas, 76 palestinos - entre eles 11 crianças - morreram no último mês por ações das forças israelenses, principalmente durante as manifestações na fronteira com a Faixa de Gaza, que está bloqueada há 11 anos por Israel.

"Vim aqui expressar minha admiração e solidariedade aos nossos colegas do Crescente Vermelho da Palestina. Sua dedicação e coragem nos inspiram", disse Rocca no comunicado.

O responsável também visitou os voluntários feridos e, depois disso, renovou o seu pedido para que todos aqueles que participam de enfrentamentos respeitem e protejam os trabalhadores humanitários.

Sobre a situação que viu em Gaza, Rocca disse que "as necessidades humanitárias são enormes. O sistema de saúde está prestes a entrar em colapso... qualquer sistema de saúde estaria com problemas com essa quantidade enorme de feridos".

O presidente da FICV explicou que essas necessidades não se referem apenas aos tratamentos médicos de emergência, mas também de longo prazo e de reabilitação para as vítimas.

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