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57 pessoas são presas no início da greve geral na Espanha

A segunda greve no país contra as medidas de austeridade teve apoio "em massa" dos trabalhadores, segundo os sindicatos

Confronto entre polícia e manifestantes em Madri: o governo mobilizou um grande aparato de segurança
 (Dominique Faget/AFP)

Confronto entre polícia e manifestantes em Madri: o governo mobilizou um grande aparato de segurança (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 08h57.

Madri - O dia de greve geral na Espanha teve nas primeiras horas o apoio 'em massa' dos trabalhadores, segundo os sindicatos, e impacto variado, na avaliação do governo, com alguns incidentes em que foram presas 57 pessoas.

O protesto, convocado pelos sindicatos e pelas organizações sociais contra as políticas de cortes do governo, é a segunda greve geral do Executivo de Mariano Rajoy, que assumiu o poder em dezembro passado, e a nona greve da democracia espanhola.

Os sindicatos majoritários que convocaram a greve, CCOO, UGT e USO, informaram que a adesão à greve geral no turno de noite e no início da manhã alcançou pouco mais de 80% dos trabalhadores.

Em entrevista coletiva, Antonio del Campo, de Comissões Operárias (CCOO), declarou que os sindicatos estão satisfeitos com a adesão à greve.

O governo, por sua vez, disse no início da manhã que a greve tem uma impacto variado nos mercados de alimentos e baixo no setor de transporte, e que levou ao fechamento pontual de algumas fábricas de automóveis.

A diretora geral de Política Interna, Cristina Díaz, informou que foram mantidos os serviços básicos e não há grandes alterações, apesar de alguns distúrbios que acabaram com prisões e feridos, a maior parte deles na capital espanhola.

A greve causou o cancelamento de 131 voos nas primeiras horas do dia. Das 2.322 operações de decolagens e aterrissagens programadas para hoje, 1.344 estão protegidas pelos serviços básicos.

Além disso, 20 % dos voos com destinos europeus e 40% do restante de voos internacionais estão garantidos por esses serviços básicos exigidos.

Os sindicatos rejeitam as medidas de austeridade aplicadas pelo governo Rajoy, voltadas a reduzir o déficit público, por considerar que só pioram a recessão econômica que o país atravessa e a aumentar a escassez de empregos. 

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