Mundo

650 manifestantes são presos durante protesto dos "coletes amarelos"

Pela 1ª vez em mais de 40 anos, as forças contam com 12 blindados que podem ser utilizados para atravessar barricadas

"Coletes amarelos" protestam na França (Reuters/Reuters)

"Coletes amarelos" protestam na França (Reuters/Reuters)

E

EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2018 às 10h01.

Última atualização em 8 de dezembro de 2018 às 14h48.

Paris - As primeiras reações da polícia, com detenções e o uso de gás lacrimogêneo contra os "coletes amarelos" que protestam em Paris, aconteceram na manhã deste sábado na avenida Champs-Élysées e em uma rua adjacente.

Pouco depois das 9h (horário local; 6h em Brasília) começaram momentos de tensão entre os manifestantes e os agentes antidistúrbios, que os impediram de passar pela avenida a partir de um determinado ponto, perto do Palácio do Eliseu.

Quase uma hora depois, os agentes utilizaram gás lacrimogêneo para dispersar as dezenas de "coletes amarelos" que tentavam de entrar pela rua Arsène Houssaye, adjacente à Champs-Élysées.

Com ordens para evitarem em cenas de guerra urbana como as que ocorreram há uma semana, os agentes usaram o gás e realizaram várias detenções.

De acordo com o primeiro-ministro, Édouard Philippe 650 pessoas já foram detidas em Paris. Philippe presidiu nesta manhã uma reunião com os responsáveis de segurança no Ministério do Interior, entre eles o ministro da pasta, Christophe Castaner.

Em entrevista ao canal "BFMTV", a porta-voz da polícia, Johanna Primevert Primevert indicou que nesse momento havia cerca de 1.500 manifestantes na Champs-Élysées e centenas na praça da Bastilha e em Porte Maillot, perto do Palácio do Congresso.

Pela primeira vez em mais de 40 anos, as forças da ordem em Paris contam com 12 blindados da gendarmaria que podem ser utilizados para atravessar barricadas.

A cidade se protegeu diante do temor da violência: estão fechados os principais museus e monumentos (como a torre Eiffel), diversas lojas de departamento e comércios, além de aproximadamente 40 estações de trem e metrô.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaEmmanuel MacronFrançaPrisõesProtestos

Mais de Mundo

Israel descarta incursão terrestre no Líbano e estabelece metas na ofensiva contra o Hezbollah

Suspeito de tentar matar Trump deixou carta com recompensa para quem 'terminasse o trabalho'

Trump diz que não concorrerá novamente se perder a eleição de 2024

Eleições nos EUA: Trump mostra força em três estados fundamentais, mostram pesquisas