Mundo

50% das vagas públicas vão para parentes de vítimas na Síria

Promulgada por Bashar al Assad, a medida não inclui apenas os parentes dos mortos, mas também pessoas com 'incapacidade total' devido a 'atos terroristas


	Escombros na Síria: país é palco de conflito que já causou mais de 200 mil mortes
 (Stringer/Reuters)

Escombros na Síria: país é palco de conflito que já causou mais de 200 mil mortes (Stringer/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 14h31.

Beirute - O presidente sírio, Bashar al Assad, promulgou nesta quarta-feira uma lei que estabelece que metade das vagas do emprego público na Síria serão destinadas a familiares das vítimas do grupo governamental.

Um comunicado da presidência síria, divulgado em sua página do Facebook, explicou que são consideradas vítimas os soldados do Exército e das forças de segurança falecidos no conflito, assim como os civis que tenham trabalhado para estes corpos e os funcionários que morreram no desempenho de seu trabalho.

A medida não afetará somente os parentes dos mortos, mas também pessoas que sofram com algum tipo de 'incapacidade total', como cegueira, paralisia cerebral, paraplegia e tetraplegia, devido a 'atos terroristas'.

Desta norma podem ser beneficiados os pais, os cônjuges e os filhos das vítimas.

Antes de Assad ratificar esta lei, esteve em mãos do parlamento sírio, que a tramitou e a aprovou.

Há mais de três anos, a Síria é palco de um conflito que causou mais de 200 mil mortes, segundo a ONU.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos disse em 2 de dezembro que, de acordo com sua próprio apuração, pelo menos 76.223 pessoas perderam a vida nas fileiras governamentais desde o começo da disputa. 

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadMortesPolíticosSíria

Mais de Mundo

Após G20, Brasil assume Brics em novo contexto global

Guerra na Ucrânia chega aos mil dias à espera de Trump e sob ameaça nuclear de Putin

Eleição no Uruguai: disputa pela Presidência neste domingo deverá ser decidida voto a voto

Eleições no Uruguai: candidato do atual presidente disputa com escolhido de Mujica