Quadros: inspetores tributários alemães descobriram a coleção de arte, que incluía obras de Matisse e Picasso, em uma operação na casa de Cornelius Gurlitt (Don Emmert/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 18h22.
Berlim - Uma força-tarefa montada pelo governo alemão para determinar a propriedade de mais de 1.500 obras de artes descobertas em 2012 afirmou que somente cinco delas foram tomadas ilegalmente de judeus, o que gerou críticas de grupos judaicos.
Inspetores tributários alemães descobriram a coleção de arte, que incluía obras de Matisse e Picasso, em uma operação na casa de Cornelius Gurlitt.
O pai dele, um negociador de arte, vendeu o que Adolf Hitler classificou de "arte degenerada".
Após dois anos de pesquisas, a chefe da força-tarefa, Ingeborg Berggreen-Merkel, apresentou o relatório final nesta quinta-feira.
Ela disse que somente cinco peças foram confirmadas como arte roubada pelos nazistas, embora outras 499 foram classificadas como tendo um histórico questionável.
Das cinco, quatro foram devolvidas a herdeiros de seus donos, incluindo "Dois Cavaleiros na Praia", de Max Liebermann, e "Mulher Sentada", de Matisse.
O anúncio gerou críticas de Ronaldo Lauder, presidente do Congresso Mundial Judeu. Ele divulgou comunicado nesta quinta classificando os resultados apresentados pela força-tarefa como "raso e não satisfatório".
Lauder disse que espera que "a Alemanha faça melhor, dado que o tempo está acabando", e acusou a força-tarefa de fraco gerenciamento de seu trabalho.