Martin Luther King: centro de visitantes nos Estados Unidos abriga um museu dedicado ao movimento de direitos civis (Domínio Público/Marina Amaral/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2017 às 06h00.
Última atualização em 17 de junho de 2017 às 06h00.
O National Gandhi Museum and Library, em Nova Delhi, é pequeno, mas comovente. Fotos documentam a trajetória de Gandhi: com a política de não violência, que durou 20 anos e o levou a encarar a prisão várias vezes, ele mobilizou a opinião pública internacional e criou condições políticas que permitiram à Índia se tornar independente em 1947, depois de nove décadas dominada pelos ingleses. Itens pessoais, como as vestes que ele usava quando foi assassinado em 1948, estão expostos.
Em Havana, o Museo de la Revolución está instalado justamente no antigo palácio do ditador Fulgencio Batista, cujo interior foi decorado, veja você, pela joalheria americana Tiffany & Co, e a Sala dos Espelhos foi inspirada na de Versalhes.
O acervo narra desde a Cuba pré-colombiana até o regime atual, com espaço especial para a vida de Che Guevara. Em frente ao museu estão os restos da antiga muralha da cidade e um tanque usado por Fidel Castro na Invasão da Baía dos Porcos de 1963.
E, num anexo, vê-se o Granma, o barco de 18 metros que carregou Fidel e outros 81 revolucionários do México a Cuba em 1956.
Em Santiago de Cuba, veja o Museu 26 de Julho, antigo Quartel Moncada, que os revolucionários tentaram (e não conseguiram) tomar em 1953 – a intentona marcou o princípio do fim da ditadura.
Documentos, fotos e antigas matérias de jornal contam desde a construção do prédio até a consolidação da revolução. Para mergulhar mais fundo, vá até o Gran Parque Nacional Sierra Maestra, nas montanhas do leste da ilha.
Ali está Comandancia de la Plata, campo onde figuram 16 cabanas que abrigaram a guerrilha pré-revolução. Pode-se ver um pequeno museu, a antiga casa de Fidel, com suas rotas de fuga em caso de ataques, entre outras instalações – é preciso contratar um guia do parque.
Em Atlanta, sua cidade natal, o Martin Luther King Jr. National Historic Site guarda uma série de prédios históricos, incluindo a casa onde ele nasceu e a igreja onde foi pastor.
O centro de visitantes abriga um museu dedicado ao movimento de direitos civis, um jardim de rosas com mensagens de paz (que são escritas anualmente por estudantes locais), e uma “calçada da fama” com nomes como Rosa Parks gravados.
Em Washington D.C. fica o Martin Luther King Jr. Memorial: foi levantada uma estátua de nove metros de altura rodeada por um muro com 14 trechos de seus discursos, como “Out of the mountain of despair, a stone of hope.” As cerejeiras que florescem em março deixam o local mais poético.
A partir de 1948, o governo da minoria branca da África do Sul habilmente lançou mão de uma série de leis que regulariam e legitimariam o apartheid, regime de política segregacionista que terminou apenas quando Nelson Mandela foi eleito presidente em 1994.
O líder é homenageado pelo fantástico Museu do Apartheid, em Johannesburgo, que ilustra com recursos multimídia a trajetória do apartheid, com áreas comoventes como o memorial aos ativistas que foram executados, com dezenas de forcas vazias penduradas no teto.
Também é possível assistir às perguntas provocativas da primeira entrevista dada por Mandela na televisão em 1961.
Aprofunde-se na história na cidade próxima de Soweto, formada na época do apartheid para abrigar os negros que eram expulsos do centro de Johannesburgo – o próprio Mandela viveu ali entre 1946 e 1963.
Hospede-se em um hotel local, como o Flossie’s, para ver atrações da turística Rua Vilakazi, como o Museu Hector Pieterson, um jovem morador de Soweto morto em um confronto com a polícia em 1976.
Na capital Phnom Phen, o lugar esmiúça um período obscuro no qual quase 2 milhões de pessoas foram mortas no regime comunista do general Pol Pot, entre 1975 a 1979. Choeung Ek é um dos muitos campos onde prisioneiros da ditadura eram executados.
No passeio, um audioguia comovente narrado por sobreviventes conduz por espaços que exibem restos de roupas e pequenas homenagens às vítimas. No centro, um memorial dispõe mais de 5 mil crânios que foram encontrados ali empilhados em prateleiras.
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Superinteressante.