O caso mais recente é o do News of the World, que deixou de circular após escutas ilegais
Após 168 anos de história, News of the World fechou (Adrian Dennis/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2011 às 12h28.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h32.
1. Após 168 anos de história, News of the World fechouzoom_out_map
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São Paulo - O escândalo das escutas ilegais, que explodiu em 2006, foi agravado após a recente revelação de que funcionários do jornal News of the World podem ter interceptado na última década os telefonemas de até 4.000 pessoas. As vítimas teriam sido políticos, famosos e familiares de vítimas de atentados terroristas e de soldados mortos no Iraque e no Afeganistão. O caso mais gritante envolveu uma menina de 13 anos que estava desaparecida. Os repórteres apagaram mensagens de texto do celular dela dando a impressão para a família de que a garota estava viva. Mais tarde todos saberiam que a jovem estava morta. Os jornalistas do tabloide também teriam pago a policias em troca de informações. A filial britânica do grupo do magnata Rupert Murdoch, a News International, decidiu fechar o jornal, que tinha mais de 200 empregados e era publicado há 168 anos.
São Paulo - Em maio de 2003, o jornal The New York Times anunciou a descoberta de diversos erros cometidos pelo jornalista Jayson Blair em pelo menos 36 textos. O repórter, que pediu demissão imediatamente após o escândalo, inventou informações e plagiou o trabalho de concorrentes. Blair chegou ao ponto de manipular fotos para dar a impressão de que tinha ido a determninados lugares ou visto certas pessoas. Um mês depois, o diário americano divulgou ter encontrado novos problemas em mais dez reportagens produzidas desde 2000 pelo mesmo jornalista, que chegou a copiar um trecho de uma reportagem do jornal The Wall Street Journal escrita cinco anos antes.
3. Rede ABC pagou por material exclusivozoom_out_map
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São Paulo - Em 2008, a rede americana ABC News pagou US$ 200 mil a Casey Anthony por uma entrevista exclusiva, vídeos e fotos de sua filha, que estava desaparecida. Casey dizia que a garota havia sido sequestrada por uma babá. Quando o corpo da menina foi encontrado, a mãe mudou a história e passou a afirmar que ela tinha se afogado na piscina da casa. Indiciada pelo assassinato da criança, Casey foi absolvida na semana passada por falta de provas. Antes disso, em 2010, a ABC News pagou três diárias em hotel para os avós da garota, incluindo um jantar com um dos produtores da rede de televisão. O objetivo era conseguir informações sobre o caso.
São Paulo - Em 2004, o USA Today revelou que o ex-repórter do jornal Jack Kelley tinha inventado pelo menos oito grandes reportagens. O caso mais emblemático aconteceue em 2000, quando ele usou a foto de uma funcionária de um hotel cubano para dar veracidade à história inventada por ele sobre uma mulher que teria morrido ao tentar fugir de Cuba em um barco. Saberia-se mais tarde que a mulher na foto não tinha fugido e estava viva. Kelley deixou o jornal após admitir as fraudes. Uma comissão foi formada para ler e apurar mais de 720 reportagens escritas por ele no período de 1993 a 2003, o que resultou na constatação de que pelo menos oito matérias eram “fabricadas”. Uma delas, inclusive, foi finalista do famoso prêmio Pulitzer de jornalismo.
5. Cincinnati Enquirer violou sigilo de executivozoom_out_map
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São Paulo - Em maio de 1998, em reportagem especial intitulada “Desvendados os segredos de Chiquita”, o jornal americano Cincinnati Enquirer acusou a companhia Chiquita Brands de, entre outras coisas, maltratar seus funcionários, poluir o meio ambiente e permitir o transporte de cocaína em seus navios. A empresa negou as acusações. No mês seguinte, o jornal pediu desculpas à Chiquita Brands por seu repórter Michael Gallagher ter obtido ilegalmente mensagens de voz e e-mails de um executivo da companhia especializada em bananas e que produz e distribui diversos produtos. Além disso, pagou US$ 10 milhões para evitar ações judiciais.
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