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46 mil contas do Twitter estão ligadas ao EI, diz estudo

Pesquisadores descobriram que um grande número de simpatizantes do EI estão na Arábia Saudita, seguida por Síria, Iraque e Estados Unidos


	Tais contas têm em média 1.000 seguidores, mais que a maioria dos usuários do Twitter, e as que mandaram mensagens com mais frequência e que obtiveram mais seguidores foram suspensas
 (©AFP/Archivo / Nicholas Kamm)

Tais contas têm em média 1.000 seguidores, mais que a maioria dos usuários do Twitter, e as que mandaram mensagens com mais frequência e que obtiveram mais seguidores foram suspensas (©AFP/Archivo / Nicholas Kamm)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2015 às 15h39.

Washington - Até o fim de 2014, ao menos 46.000 contas do Twitter foram relacionadas a simpatizantes da organização Estado Islâmico (EI), segundo um estudo publicado nos Estados Unidos.

Um estudo divulgado na quinta-feira pelo Brookings Institution determinou que embora muitas contas relacionadas ao grupo jihadista tenham sido suspensas, o número continua sendo alto.

"De setembro a dezembro de 2014, os autores estimaram que ao menos 46.000 contas do Twitter foram utilizadas por partidários do EI, embora nem todas estivessem ativas ao mesmo tempo", indicou o documento.

Os autores JM Berger e Jonathon Morgan disseram que a análise dos esforços em redes sociais de militantes do EI precisa ir além do núcleo principal da organização, também conhecida como ISIS.

"Análises prévias do Twitter do ISIS se basearam em segmentos limitados da rede global" deste grupo, escreveram no documento encomendado pelo Google Ideas.

Os pesquisadores descobriram que um grande número de simpatizantes do EI estão na Arábia Saudita, seguida por Síria, Iraque e Estados Unidos.

Quase um em cada cinco dos partidários do grupo escrevem em inglês e três quartos em árabe.

Este tipo de contas tem em média 1.000 seguidores, mais que a maioria dos usuários do Twitter, e as que mandaram mensagens com mais frequência e que obtiveram mais seguidores foram suspensas, em sua grande maioria.

Os autores recomendaram que as empresas de redes sociais e o governo dos Estados Unidos "devem trabalhar juntos para dar uma resposta adequada aos extremistas".

O Twitter declarou nesta semana que está trabalhando com as autoridades para enfrentar ameaças cuja origem ainda não está especificada.

Uma imagem publicada no site Pastebin mostrou o fundador do Twitter, Jack Dorsey, marcado por algo similar a uma mira telescópica junto a uma mensagem em árabe.

"Você começou uma guerra perdida, e dissemos desde o início que não é sua guerra! Mas você não entende. Suspende nossas contas e rapidamente voltamos, mas quando nossos leões solitários apagarem sua respiração não terá volta", dizia uma tradução da mensagem realizada pelo SITE Intelligence.

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