Linha elétrica: a Ampla Energia, fornecedora de 66 municípios cadastrou 263.985 mil consumidores (Prakash Singh/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2012 às 16h36.
Rio de Janeiro – Em todo o estado do Rio de Janeiro, 440 mil famílias ainda podem solicitar adesão à Tarifa Social de Energia Elétrica, que dá desconto na conta de luz. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Para ter acesso ao benefício, a família deve estar inscrita no cadastro único dos programas sociais do governo federal e ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. A solicitação do desconto deve ser feita à concessionária de energia e o abatimento varia conforme o consumo mensal da família.
Até 30 quilowatts-hora (KWh), o desconto é 65%. Entre 31 e 100 KWh, cai para 40% e, entre 50 e 220 KWh, o abatimento é 10%. Acima desse consumo, não há desconto. Famílias indígenas e quilombolas com consumo mensal de 50 KWh ficam isentas da tarifa.
Podem receber o benefício também famílias com renda total de até três salários mínimos que sustentam parente em tratamento de saúde, que utilize aparelho com alto consumo de energia.
A companhia Light, que atende 31 municípios do estado (incluindo a cidade do Rio), informou que tinha 136.376 clientes cadastrados na tarifa social até o fim do mês de setembro.
A Ampla Energia, fornecedora de 66 municípios (que respondem por 73% do território do estado e 2,6 milhões de clientes) cadastrou 263.985 mil consumidores. Quase a metade está enquadrada na faixa de desconto de 10%. De acordo com a empresa, os descontos decorrentes da tarifa social somam quase R$ 5,5 milhões por mês.
A Energisa, responsável pelo fornecimento de energia em 2.445 casas no município de Sumidouro, registra 576 residências beneficiadas pela tarifa social. Dessas, apenas 23 têm o desconto de 65%. Em Nova Friburgo, a empresa tem 83.466 clientes, sendo que 7.180 recebem o desconto - a maioria (5.366) concentra-se na faixa de consumo acima de 100 KWh.
De acordo com a Energisa, cruzamento dos dados da empresa com os do Ministério do Desenvolvimento Social aponta que cerca de 2.662 famílias em Sumidouro e 5.181 em Nova Friburgo se encaixam nos critérios do programa, mas ainda não solicitaram a tarifa social.