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4 mil pessoas foram presas em protestos na Venezuela, diz ONG

A atual onda de protestos contra o governo de Maduro começou depois que o Tribunal Supremo de Justiça deixou a Assembleia Nacional sem funções

Venezuela: segundo a ONG, 1.007 pessoas continuam encarceradas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: segundo a ONG, 1.007 pessoas continuam encarceradas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de julho de 2017 às 17h46.

Caracas - Um total de 4.072 pessoas foram presas na Venezuela desde o início, no último dia 1º de abril, da onda de protestos contrários e favoráveis ao governo do presidente do país, Nicolas Maduro, informou nesta quarta-feira a ONG Foro Penal Venezuelano (FPV).

Do total, 1.007 pessoas continuam encarceradas, explicou pelo Twitter o diretor-executivo da FPV, o advogado Alfredo Romero, que informou também sobre a detenção de 60 pessoas nas manifestações registradas ontem no país.

"Com a ativação do Conselho de Defesa e do Plano de Justiça Especial, o governo assumiu formalmente a responsabilidade direta na repressão", escreveu Romero, em referência ao mecanismo de segurança instalado ontem por Maduro para "capturar" e "castigar exemplarmente" os "conspiradores".

O FPV alertou que 479 pessoas foram acusadas em tribunais militares, 307 delas seguem presas por determinação dessas cortes.

Além disso, segundo a ONG, há 444 presos políticos no país.

A atual onda de protestos contra o governo começou depois que o Tribunal Supremo de Justiça ter deixado sem funções a Assembleia Nacional, uma medida que foi parcialmente revogada.

Maduro respondeu às manifestações convocando, sem um referendo de aprovação prévia, uma Assembleia Nacional Constituinte para "fortalecer" a Revolução Bolivariana. A oposição vê a medida como uma tentativa do presidente de consolidar uma ditadura no país.

Pelo menos 96 pessoas morreram nesses protestos, que já somam mais de 100 dias.

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