Outras manifestações, que reuniram centenas de pessoas, aconteceram nas ruas de várias cidades americanas, como Filadélfia, Boston, Nova York, Chicago e São Francisco (Shannon Stapleton/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2013 às 18h18.
Milhares de americanos aproveitaram esta quinta-feira, feriado da Independência, para protestar nas ruas e na internet contra o programa de "espionagem anticonstitucional" da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), disseram os organizadores.
Entre 200 e 300 pessoas se reuniram em Washington, próximo à Casa Branca, exibindo cartazes que diziam "não violem meu direito à minha vida privada". Como palavras de ordem, muitos gritavam "restaurem a Quarta Emenda!".
A mobilização, lançada pelo movimento "Restaurar a Quarta Emenda" (da Constituição), pretende "sensibilizar e convocar a ação política contra a espionagem anticonstitucional do governo americano".
É necessário que o governo "respeite a Quarta Emenda" que, explica o movimento, "protege os cidadãos de investigações e detenções arbitrárias".
O governo dos Estados Unidos tenta deter o ex-consultor de inteligência da NSA Edward Snowden, que fez importantes revelações sobre os programas de espionagem das comunicações por parte das autoridades do país.
A campanha, proposta pela rede social Reddit, recebeu o apoio da plataforma Mozilla e de sites que militam em favor da liberdade na internet, como a Electronic Frontier Foundation e a ColorOfChange.org.
Outras manifestações, que reuniram centenas de pessoas, aconteceram nas ruas de várias cidades americanas, como Filadélfia, Boston, Nova York, Chicago e São Francisco.
"Esses programas são injustificados, muito amplos e perigosos", disse à AFP em Washington o manifestante Thomas Nephew, que integra uma organização de defesa dos direitos civis.
O abaixo-assinado "Stop Watching Us" ("pare de nos vigiar", em tradução livre), que reuniu 550 mil assinaturas até esta quinta-feira, foi enviado ao Congresso para pedir que "revele o alcance do programa de espionagem da NSA".