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38 anos depois, chega ao fim caso de criança desaparecida nos EUA

Em 1979, Etan Patz desapareceu no caminho para a escola. Acusado do sequestro e morte do menino foi condenado nesta semana

Etan Patz: caso de menino desaparecido em 1979 chegou ao fim nesta semana com condenação de suspeito por seu sequestro e homicídio (Stan Patz/Wikimedia Commons)

Etan Patz: caso de menino desaparecido em 1979 chegou ao fim nesta semana com condenação de suspeito por seu sequestro e homicídio (Stan Patz/Wikimedia Commons)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 12h45.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2017 às 14h46.

São Paulo – Um dos casos sem solução mais famosos dos Estados Unidos foi finalmente fechado nesta semana. Em 1979, Etan Patz, que na época tinha apenas seis anos de idade, sumiu quando caminhava só até o ponto onde deveria pegar o seu ônibus escolar.

Na última terça-feira, um júri na cidade de Nova York declarou Pedro Hernandez, hoje com 56 anos de idade, como o culpado pelo sequestro e homicídio da criança. “A família Patz esperou por muito tempo, mas finalmente temos justiça em alguma medida”, disse o pai de Etan, Stan, após o veredito. A sentença deve ser anunciada no próximo dia 28 de fevereiro.

Desfecho

A condenação desta semana acontece depois da anulação de um julgamento anterior nos idos de 2015, quando um membro do júri (que era composto por outras 11 pessoas) não acreditava na culpa de Hernandez, cuja defesa sustentou sofrer de transtornos de personalidade e retardo mental. Em maio de 2016, um novo julgamento foi ordenado.

Agora, após terem visto o vídeo da confissão de Hernandez dezenas de vezes, os jurados decidiram declará-lo culpado pelo sequestro e homicídio de Etan.

Caso

Em 25 de maio de 1979, na cidade de Nova York, Etan caminhava pela primeira vez sozinho até o ponto onde deveria pegar o ônibus escolar. Desapareceu no meio do trajeto, sem deixar quaisquer vestígios, mas seus pais só notaram o seu sumiço quando o menino não retornou da escola. O caso deixou a polícia perplexa, Manhattan em choque e os Estados Unidos em alerta.

Em 2012, décadas depois do desaparecimento, Hernandez confessou o crime à polícia. Contou tê-lo levado até o porão da loja onde trabalhava. Lá, matou o menino e colocou o seu corpo no lixo. Os restos mortais de Etan nunca foram encontrados e a polícia não conseguiu reunir provas robustas do crime no local.

Após essa confissão, no entanto, Hernandez voltou atrás e dizia ser inocente, fortalecendo a tese da defesa. O homem nunca revelou a razão por trás dos seus atos.

Símbolo

Etan acabou por se tornar um símbolo do drama das crianças desaparecidas e suas famílias, especialmente depois de a criança figurar em caixas de leite vendidas em todo os Estados Unidos. Sua história fez ainda com que autoridades americanas criassem uma central de dados de amplitude nacional para o cadastro deste tipo de caso.

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