Mogadíscio, capital da Somália: "teme-se que tenham morrido 300 pessoas, centenas estão desaparecidas e inúmeras cabeças de gado se perderam", diz nota (TSGT PERRY HEIMER/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2013 às 07h53.
Nairóbi - Aproximadamente 300 pessoas podem ter morrido por causa de um ciclone tropical que castigou Puntlândia (nordeste da Somália) no fim de semana passado, informou nesta quarta-feira o governo dessa região semiautônoma da Somália, que na segunda-feira passada calculou em 100 o número de vítimas.
Em comunicado divulgado hoje pela imprensa somali, as autoridades afirmam que "as fortes chuvas, os fortes ventos e as inundações levaram a um estado de emergência" na região, situada no litoral nordeste da Somália.
"Teme-se que tenham morrido 300 pessoas, centenas estão desaparecidas e inúmeras cabeças de gado se perderam", diz a nota.
"Muitos pescadores - ressalta - estão desaparecidos e teme-se que estejam mortos. A tempestade destruiu aldeias inteiras, casas, edifícios e embarcações".
O governo de Puntlândia informou ainda que disponibilizou 60 toneladas de ajuda de emergência (comida, cobertores, tendas de remédios) para atender aos afetados, apesar da inundação das estradas dificulta sua distribuição.
O ciclone tocou o solo no sábado de manhã, afetando especialmente os distritos de Eyl, Beyla, Dangorayo, Hafun, Alula, Rako Raho e Jariban.
O governo de Puntlândia reforçou seu apelo às organizações internacionais de ajuda humanitária para que enviem provisões por veículos aéreos, já que a estrada que liga a região ao sul do país está intransitável.
O presidente do país, Hassan Sheikh Mohamud, enviou ontem suas condolências "aos desabrigados pelo devastador ciclone tropical que atingiu a Somália".
"Peço a todos os somalis, aqui e no exílio, que apoiem seus irmãos e irmãs e deem assistência urgente. Também peço a nossos amigos da comunidade internacional que ofereçam seu apoio máximo", disse o presidente somali.