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2012 teve um aumento mais lento de emissões globais de CO2

As emissões do principal gás causador de efeito estufa aumentaram 1,1% no ano passado, enquanto a média anual sobre a última década foi de 2,9%


	Fumaça: estudo observa uma diferença entre a alta das emissões de CO2 e a do crescimento mundial, que era de 3,5% no ano passado
 (Petar Kujundzic/Reuters)

Fumaça: estudo observa uma diferença entre a alta das emissões de CO2 e a do crescimento mundial, que era de 3,5% no ano passado (Petar Kujundzic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2013 às 20h03.

Paris - O aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) no mundo ficou mais lento em 2012, destacou um estudo da Agência Holandesa de Avaliação Ambiental (PBL), que explica o fato em especial pelo uso, nos Estados Unidos, do gás de xisto no lugar do carvão, mais poluente.

As emissões do principal gás causador de efeito estufa aumentaram 1,1% no ano passado, enquanto a média anual sobre a última década foi de 2,9%.

O estudo observa uma diferença entre a alta das emissões de CO2 e a do crescimento mundial, que era de 3,5% no ano passado.

Isto marca "uma mudança para atividades menos intensivas em energias fósseis, um uso aumentado das energias renováveis e mais economia de energia", escreveram o PBL e o Joint Research Center, da Comissão Europeia.

Ao mesmo tempo, o consumo de energias fósseis também aumentou em 2012: +2,2% para o gás natural, +0,9% para o petróleo, e + 0,6% para o carvão.

Em 2012, os países mais contaminantes eram China (29%), Estados Unidos (16%), União Europeia (11%), Índia (6%), Rússia (5%) e Japão (4%).

As emissões chinesas aumentaram 3%, uma alta inferior à média anual de 10% na última década.

A intensidade energética (consumo de energia por ponto do PIB) caiu 3,6% em 2012, duas vezes mais rápido que em 2011, e a China aumentou sua capacidade hidroelétrica, com uma produção em alta de 23% em 2012.

Os Estados Unidos registraram uma baixa de 4% em suas emissões de CO2, com um crescimento econômico de 2%. Isso se explica, sobretudo, pelo uso crescente de gás, especialmente de xisto. Trata-se do nível mais baixo de emissões nos Estados Unidos desde 1993.

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