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17 países tentarão juntos solucionar crise na Venezuela

Após a reunião deve ser emitida uma resolução sobre a ordem constitucional na Venezuela, de rejeição à nova Constituinte e a favor dos direitos humanos

Venezuela: o país registra desde o dia 1º de abril uma série de manifestações que já deixaram 121 mortos (Marco Bello/Reuters)

Venezuela: o país registra desde o dia 1º de abril uma série de manifestações que já deixaram 121 mortos (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 13h42.

Lima - Os chanceleres e representantes de 17 países da América e do Caribe iniciaram nesta terça-feira em Lima uma reunião convocada com urgência pelo Peru para buscar uma posição conjunta e encontrar uma saída negociada para a crise política e social na Venezuela.

A reunião, iniciada na manhã de hoje na sede do Ministério das Relações Exteriores do Peru, conta com a participação dos chanceleres de Argentina, Jorge Faurie; Brasil, Aloysio Nunes; Chile, Arauto Muñoz; Colômbia, María Angélica Holguín; México, Luis Videgaray; e do Peru, Ricardo Luna.

Além deles, também estão presentes os de Costa Rica, Manuel González Sanz; Guatemala, Carlos Morales; Guiana, Carl Barrington; Honduras, María Dolores Agüero; Jamaica, Kamina Johnson Smith; Panamá, Isabel de Saint Malo; Paraguai, Eladio Loizaga; e Santa Lúcia, Sarah Flood-Beaubrun.

O Canadá é representado por seu vice-chanceler, David Morrison; o Uruguai, por seu embaixador no Peru, Carlos Barros; e Granada por seu representante permanente perante a Organização de Estados Americanos (OEA), Angus Friday.

Está previsto que após a reunião seja emitida uma resolução conjunta sobre a ordem constitucional na Venezuela, de rejeição à nova Assembleia Constituinte e a favor dos direitos humanos do povo venezuelano.

Além disso, espera-se que o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, ofereça algumas declarações sobre o assunto após as conclusões.

O governo peruano apontou que esperará a reunião de chanceleres terminar para tomar uma ação individual sobre a crise venezuelana, já que, segundo indicou Luna, não se trata de "um problema bilateral", mas da região, que deve encará-lo "com seriedade".

Peru e a Venezuela mantêm uma relação tensa desde que Kuczynski assumiu a presidência, em 2016, e pediu a criação de uma "liga de países amigos" para enfrentar a crise venezuelana e promover uma transição democrática.

Na semana passada, o presidente peruano disse que seu governo procura contribuir para "resolver a crise humanitária que vive" a Venezuela, por isso anunciou a ampliação da vigência da permissão temporária de residência aos venezuelanos no Peru.

A Venezuela registra desde o dia 1º de abril uma série de manifestações que já deixaram 121 mortos, situação que se agravou desde a eleição da Assembleia Nacional Constituinte, da qual a oposição não participou por considerar o processo fraudulento.

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