Mundo

158 membros da Igreja Católica são investigados por abuso sexual no Chile

Os casos se referem a 144 investigações sobre fatos ocorridos desde 1960 e envolvem 178 delas meninos, meninas e adolescentes

Entre os membros investigados estão padres, bispos e laicos (Joe Klamar/AFP)

Entre os membros investigados estão padres, bispos e laicos (Joe Klamar/AFP)

A

AFP

Publicado em 23 de julho de 2018 às 15h41.

Última atualização em 23 de julho de 2018 às 16h02.

Um total de 158 membros da Igreja Católica chilena - entre bispos, padres e laicos - são investigados como autores ou acobertadores de abusos sexuais contra menores e adultos que se estenderam por quase seis décadas, segundo uma lista revelada pela Procuradoria Nacional.

Os casos se referem a 144 investigações sobre fatos ocorridos desde 1960 até a presente data e envolvem 178 delas meninos, meninas e adolescentes, segundo dados repassados à imprensa pelo procurador Luis Torres.

"A maioria dos fatos denunciados corresponde a crimes sexuais cometidos por padres ou pessoas ligadas a estabelecimentos de ensino", aponta o cadastro entregue nesta segunda-feira (23).

O Ministério Público explicou que foram incluídos no levantamento todos que faziam parte do clero no momento da prática dos crimes - bispos, padres ou presbíteros e diáconos -, bem como "pessoas pertencentes À vida consagrada", ou seja, "freiras, monges, frades e religiosos".

O cadastro também inclui "leigos que exerciam alguma função na esfera eclesial", como os coordenadores das áreas pastorais das escolas.

Dos investigados, 74 não pertencem a nenhuma congregação religiosa, enquanto 65 são, em sua maioria, membros dos salesianos e maristas.

A investigação também identifica 10 leigos.

Sobre as vítimas, 178 delas são crianças e adolescentes; 31 adultas e "58 sem especificação, relacionadas a casos notificados" antes da vigência da Reforma do Processo Penal (RPP), que começou a operar no Chile no ano 2000.

Atualmente, existem 34 investigações em andamento com processos pendentes e 107 já foram concluídas. Em 23 dos casos houve condenações e um caso terminou em absolvição.

O papa Francisco aceitou a renúncia de cinco bispos chilenos, quatro deles acusados de encobrir os abusos sexuais cometidos por padres. O pontífice criticou duramente a hierarquia da Igreja chilena pelo tratamento dado às denúncias das vítimas.

 

Acompanhe tudo sobre:Chileabuso-sexualIgreja Católica

Mais de Mundo

Marchas em apoio aos palestinos reúnem centenas de milhares de pessoas na Europa

Ato de campanha de Milei provoca incidentes com detidos na Argentina

Ataque russo a estação de trem na Ucrânia deixa ao menos um morto e 30 feridos

Trump adverte Hamas para que não atrase acordo de paz em Gaza