Jornalistas (Said Khatib/AFP)
Vanessa Barbosa
Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 16h58.
São Paulo - Ao menos 115 jornalistas morreram em 2016 durante o execício de seu trabalho, informou o relatório anual do Instituto Internacional de Imprensa nesta semana.
Colômbia, México, Afeganistão, Iraque e Rússia foram os cinco países mais perigosos para jornalistas no ano passado.
Das 115 vítimas, 60 morreram em países supostamente em paz, como Guatemala, onde o governo está lutando contra cartéis de drogas, Índia e Brasil.
O ano começou e terminou com tragédias e acidentes em massa envolvendo trabalhadores da mídia.
Um ataque em janeiro do Talibã contra a Tolo TV, um dos maiores canais de entretenimento do Afeganistão, custou oito vidas em um ataque direto à liberdade de imprensa.
Em novembro, 20 jornalistas morreram quando o avião com a equipe de futebol brasileira Chapecoense caiu perto da cidade colombiana de Medellín.
No mês seguinte, nove jornalistas morreram quando um avião militar russo caiu no Mar Negro. A aeronave levava membros do Conjunto Alexandrov, o coro oficial das forças armadas russas para a Síria, quando o acidente aconteceu, matando todas as 92 pessoas a bordo.
Na Síria, cinco jornalistas cidadãos perderam suas vidas em 2016. Segundo a entidade, a presença de jornalistas profissionais relatando o conflito sangrento in loco tem reduzido, deixando aos ativistas e moradores locais não treinados a tarefa de documentar e transmitir as atrocidades cometidas por lá.