Refugiados: a Acnur teme que muitos deslocados fujam do país e atravessem a fronteira para buscar refúgio na Síria ou na Turquia (Ako Rasheed / Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2016 às 13h00.
Genebra - A Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) advertiu nesta segunda-feira que até 100 mil pessoas poderiam fugir da ofensiva contra a cidade iraquiana de Mosul, o último reduto jihadista no país.
O governo iraquiano anunciou nesta madrugada que a tão aguardada operação militar para libertar Mosul do Estado Islâmico (EI) começaria hoje, e prometeu que a estabilidade será retomada na segunda maior cidade do Iraque, e nas mãos dos jihadistas há mais de dois anos.
Perante a expectativa de que milhares de pessoas fujam da ofensiva, a Acnur preparou durante meses um plano para receber os deslocados e solicitou US$ 61 milhões extras para poder financiar a iniciativa.
O objetivo é poder acolher os deslocados em campos de refugiados e entregar material de auxílio e aos que não conseguirem chegar até estes assentamentos. A estimativa é de que quase 2,5 milhões de pessoas vivam em Mosul.
Para acolhê-los, a Acnur está montando 11 campos de refugiados e alguns já estão prontos. Segundo o organismo, desde maio, quando foi confirmado que o Exército retomaria a cidade, mais de 65 mil pessoas fugiram de lá e foram resgatadas pela entidade.
A Acnur teme que muitos deslocados fujam do país e atravessem a fronteira para buscar refúgio na Síria ou na Turquia.
No Iraque já são 3 milhões de pessoas que fugiram de suas casas por múltiplos conflitos e sobrevivem como deslocados internos.