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100 corpos seguem no aeroporto de Donetsk, dizem rebeldes

Insurgentes pró-russos denunciaram que cerca de 100 corpos de milicianos seguem há três dias no aeroporto de Donetsk


	Soldado ucraniano: necrotério já não tem mais capacidade para acolher corpos
 (Genya Savilov/AFP)

Soldado ucraniano: necrotério já não tem mais capacidade para acolher corpos (Genya Savilov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 14h19.

Moscou - Os insurgentes pró-russos denunciaram nesta quarta-feira que cerca de 100 corpos de milicianos seguem há três dias no aeroporto de Donetsk, palco de sangrentos confrontos entre as forças ucranianas e os rebeldes no início da semana.

"Segundo nossos cálculos, dentro do aeroporto e também em seus acessos há entre 80 e 100 corpos. Estão há vários dias no local e não deixam tirá-los", disse o vice-primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk, Andrei Purgín, em entrevista à agência russa "Interfax".

O líder dos rebeldes denunciou que, apesar de ter alcançado um acordo nesta manhã com as forças ucranianas para retirar os corpos dos milicianos do local, os militares de Kiev não respeitaram esse cessar-fogo.

"No momento em que nossos grupos se aproximaram do aeroporto, os franco-atiradores abriram fogo contra nós. O combate continua durante todo o dia", afirmou Purgín.

Após uma noite de relativa calma na região do aeroporto internacional da cidade, disparos voltaram a ser escutados em suas imediações, segundo fontes da Prefeitura de Donetsk, bastião da insurgência pró-russa contra as autoridades de Kiev.

As autoridades municipais pediram aos moradores que vivem em um raio de cinco quilômetros em torno ao aeroporto, que se encontra na periferia da mesma cidade, que não saiam de suas casas e nem se aproximem das janelas.

O prefeito de Donetsk, Aleksandr Lukiánchenko, declarou ontem que o número de mortos nos combates da última segunda-feira girava em torno de 40 pessoas, incluindo pelo menos quatro civis, enquanto os rebeldes pró-russos elevaram esse número para 200.

O necrotério da cidade, que confirmou ter recebido 45 cadáveres de milicianos, já não tem mais capacidade para acolher corpos, que se amontoam no local, como mostraram as imagens divulgadas pela imprensa local.

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