Ele é o presidente da maior potência do mundo e é claro que os impactos de suas decisões reverberam por todos os lados. Ainda assim, em 2015,
Barack Obama conseguiu deixar marcas importantes para a política externa dos EUA e para a história, como a
reaproximação com Cuba e o acordo nuclear com o Irã. No fim do ano passado, EUA e Cuba anunciaram o restabelecimento das relações diplomáticas depois de mais de cinco décadas de rompimento. Desde então, os países dão passos em direção à normalização. Em agosto, a bandeira americana foi
hasteada na ilha, marcando a reabertura da embaixada americana, enquanto em setembro, os EUA receberam o
primeiro embaixador cubano em 50 anos. A administração de Obama vem ainda trabalhando para suspender embargos comerciais e os presidentes já realizaram encontros bilaterais para aprofundar a cooperação. Quanto ao Irã, em julho, um grupo de cinco países liderados pelos EUA (China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha) alcançaram junto aos iranianos um acordo importante que visa a implementação de medidas para tornar o seu programa nuclear seguro e pacífico. Em troca, as potências se comprometeram em suspender sanções econômicas impostas ao Irã desde 2006. A expectativa, mostrou o jornal americano
The Wall Street Journal, é que as sanções comecem a ser levantadas no início do ano que vem, mas a consolidação do acordo ainda é alvo de dúvidas, uma vez que há notícias de que o Irã segue
testando mísseis balísticos. O ato violaria uma resolução da ONU de 2010 que segue válida até que o novo acerto seja implementado. O clima entre os EUA e o Irã, portanto, continuará tenso.