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1 em 8 pessoas passaram fome nos últimos dois anos, diz ONU

Ainda segundo o estudo, os países em desenvolvimento tiveram papel fundamental na diminuição da fome

número é menor do que registrado entre 2010 a 2012, mas é fato que muito precisa ser feito para que proporção de pessoas com fome seja reduzida à metade (Chris JL/Creative Commons)

número é menor do que registrado entre 2010 a 2012, mas é fato que muito precisa ser feito para que proporção de pessoas com fome seja reduzida à metade (Chris JL/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 17h11.

Pare para pensar no absurdo desta informação: uma em cada oito pessoas no mundo sofreram de fome crônica entre 2011 e 2013. Segundo a FAO, segmento da ONU responsável pela Alimentação e Agricultura, 842 milhões de pessoas passaram por esta situação deplorável e mais: menos de 2% desse total vive em países desenvolvidos.

O número é menor do que o registrado entre 2010 a 2012, mas é fato que muito precisa ser feito para que a proporção de pessoas com fome seja reduzida à metade, como os ODM - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela ONU, determinam. Até hoje, 62 países - incluindo o Brasil - já alcançaram a meta e outros seis estão bem encaminhados.

O estudo "Situação de Insegurança Alimentar no Mundo" - lançado recentemente em parceria pela IFAD - Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola e pelo PMA - Programa Mundial de Alimentação -, aponta que a África Subsaariana teve avanço pouco satisfatório e continua sendo a região com maiores índices de subnutrição. Lá, uma em cada quatro pessoas passa fome.

Ainda segundo o estudo, os países em desenvolvimento tiveram papel fundamental na diminuição da fome: o crescimento econômico aumentou a renda e o acesso à comida. A Ásia Oriental, o sudeste da Ásia e a América Latina foram protagonistas deste cenário. Porém, nenhum progresso foi observado na Ásia Ocidental.

Os presidentes das três organizações - José Graziano da Silva (FAO), Kanayo F. Nwanze (IFAD) e Ertharin Cousin (PMA) - acreditam que a melhoria da produtividade agrícola deve ser o foco principal das ações futuras. Segundo eles, "quando combinadas com proteção social e outras medidas que aumentam a renda de famílias pobres podem ter efeito ainda mais positivo [...] resultando em crescimento econômico equitativo".

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